sábado, 11 de setembro de 2010

- Super-Zeiro na segunda do carnaval 2007.

SUPER-ZEIRO NA SEGUNDA DO            CARNAVAL 2007
                                                                                                (Crônica não-publicada)
           
Assessor do Super-Zeiro
RAPOSO I

Martha Baiana, sedutora que canta e encanta com seu sorriso e alegria farta
ABRAÇADA AO NOSO HERÓI



            Sua primeira aparição se deu na segunda-feira do carnaval 2007, mais precisamente no dia 19 de fevereiro. Logo após uma churrascada na casa do Assessor Antônio Fábio (um dos poucos a conhecer sua identidade, até então), já conhecido como RAPOSO I.

            Desde que o Super-Zeiro foi flagrado por fotos de paparases voando sobre o Mineirão, o Maracanã, tudo neste ano de 2007 - o ano também voou, e nós nem vimos o tempo passar. O carnaval chegou que nem um raio de tão rápido. Talvez, por isso, nosso herói tenha resolvido fazer uma festinha com seus amigos: Wagner, educado e se achando protetor de sua exuberante esposa Adriana e filhas Mariana e Maria Clara, todas no nosso mundo particular de simpatia; o Paulo, o polido e cortês e sua cativante esposa Jô e sua filha Paulinha e uma amiga, ambas descompromissadas; Pedro Antônio & Silvana de fascínio irresistível e sua pequerrucha Maria Eduarda (ai Jesus!, dá vontade de seqüestrar esta lindinha); Frederico & Bethânia, dentistas com pedigree, os chiques em estado de graça com seus seguranças Henrique e Rodrigo; Leon & Letícia, talentosos jovens médicos, ela, de fascínio irresistível, de glamour cativante, com seu filhinho mais novinho de todos os presentes, a nos encantar: o Fellipe; os americanos Rudy e sua esposa brasileira Rejane que se revelaram fashion ao reconhecer nossas Giselas da churrascada; Zé Roberto, compositor-cantor, aquele de garbo e destaque maior (sem ironia), de coração magnânimo, grande e competente organizador de excursões, aquele que come alface pensando que é torresmo; Martha Baiana, sedutora que canta e encanta com seu sorriso e alegria farta; nosso churrasqueiro José Silvério, competente funcionário dos Correios e preparador de carnes; Cláuton (Super-Zeiro), compositor, cantor, de coração desocupado ou em recesso? A simpatia o fez artista e pérola musical; Antônio Fábio (Raposo I), bom gourmet e simpático anfitrião, sempre sorrindo e às vezes dormindo encostado à parede com um copo na mão. No meio da festa o Super-Zeiro apareceu pra eles que o convenceram a dar uma saidinha até à Av. Dr. José Neves onde estava desfilando o Bloco do Pinico. Minha gente: vamos desfrutar novamente desses momentos! Para fechar com chave de ouro nossa fala dos personagens desta crônica, quero aqui prestar também minha homenagem àquela que mesmo ausente estará sempre presente, mesmo a cuidar do Brandon, nosso netinho de Miami, filho do Márlon e Anna. Ela, de maior glamour, de nata elegância, de beleza estonteante, de personalidade envolvente, mãe e avó muito querida e admirada, minha musa inspiradora e amada amante, FERNANDINA.
            Tudo isso, foi para todos, um recarregar de bateria para começar a viver uma vida profissional, espiritual, física, social e mental – que fosse produtiva, gratificante e estimulante e, a partir daquele momento, mais cheia de motivação, de qualidade de vida que poderiamos ter hoje e no futuro. Naquela hora percebi como se descobrem talentos escondidos. Olhe o Super-Zeiro ai gente!!! Foi um momento para uma boa reflexão, que mesmo longe de seus entes mais queridos, mantivemos a alegria sem abusos das bebidas alcoólicas. Enquanto na concentração aqui no terraço da minha casa, no conversê com os amigos, o Super-Zeiro falou de seus objetivos e considerações sobre problemas que afligem a todos nós brasileiros e suas soluções: queremos um Brasil melhor, um país mais justo, com menos desigualdades; melhores condições de vida para todas as camadas da população; crecimento sustentável; respeito aos direitos das crianças, dos trabalhadores e dos idosos; educação de melhor qualidade; menos violência; mais saúde e PAZ. “Estou correndo atrás para a solução desses problemas”, afirmou nosso herói.
            O reconheimento e o valor de cada criatura que vive na terra, cruza os ares ou se move nas águas. Que a Amazônia, berço acolhedor de tanta vida, seja também o chão da partilha fraterna, patria solidária de povos e cultura, casa de muitos irmãos, independente de credo, porque um homem que ama, continuou afirmando o Super-Zeiro: um homem que ama a seus semelhantes é um cristão, sem necessariamente acreditar em qualquer Deus. O papo era profundo, houve até a afirmação do nosso herói de que hoje, usar preservativo ou células-tronco, por amor à vida, seria ético. Proibi-lo, seria um ato de irresponsabilidade. Continuou dizendo que estávamos no carnaval dizendo que este assunto já fora objeto de Enredo da Escola de Samba Levanta Poeira, por ele apresentado, juntamente com doação de órgãos e clonagem.
            Martha Baiana chegou bem atrasada nesta reunião, porém, não muito depois da Letícia e Betânia. O Zé Roberto abusou de batidas com afeto, porém, com açúcar, desaconselhável, já que a diabetes não lhe permitia. Ele ganhou o samba do Levanta Poeira do Enredo proposto pelo Cláuton: Cor Verde. Seus versos cantados na ocasião, tiveram momentos candentes como estes: “Vou mergulhar na poesia/ Do verde que eu sempre quis/ Quero ser fonte que irradia/ Felicidade para o meu país... – Ela é a flor/ Esmeralda reluzante / Coração de nossas matas / E o pulmão do continente.” Rigorosamente de acordo com as propostas e os objetivos do Super-Zeiro.
            Saímos todos para a rua lá pelas 4 da tarde, para a José Neves, a fim de nos encontrarmos com o Bloco do Pinico. Foi o maior sucesso! Aplausos e a admiração de todos em respeito ao nosso herói que não se fez de rogado. Agradeceu ao público, afinal, foi sua primeira aparição.
            Como um bom assessor, vou terminar com umas fotos do defile da Avenida e um verso de Drummond, do Poema “O Tempo”: “Para você, / Desejo todas as cores desta vida / Todas as alegrias que puder sorrir / Todas as músicas que puder emocionar”.


Nesta foto vemos o Rudy (Cubano) e sua esposa brasileira Rejane e outros amigos.
Os trigêmeos sobrinhos da Fernandina foram os mais novos
a testemunhar a 1ª aparição do nosso Herói em público.

Bloco do Pinico com quase 3.000 participantes





- Super-Zeiro em busca da tranquilidade para a humanidade.

          SUPER-ZEIRO EM BUSCA DA TRANQUILIDADE PARA A HUMANIDADE
(27.03.2007 - Crônica não-publicada)



Minha chegada à Terra foi extasiante. Era dia em um ponto do
nosso planeta e noite em  outro.

            Como se fosse alguém do tempo em que as mágicas eram verdadeiras e os gênios existissem, fiquei com uma obsessão: a tranqüilidade para mim e a humanidade. Isto pela escassez de água que está por vir. Temos que procurar soluções. Os mapas-múndi terão que ser redesenhados, pois a água dos oceanos está subindo e as geleiras derretendo. Muitos países-ilhas vão desaparecer e, no litoral brasileiro, muitos pontos serão atingidos, especialmente a Região Metropolitana do Rio e do Recife. Este atípico verão de 2007 iniciou-se com intensas chuvas, seguido de quase um mês de seca e intenso calor com belos dias ensolarados. O Velho Chico agoniza de sede em uma região que se desertifica. Você, meu assessor Raposo I, já reparou que a gente está sempre intranqüilo? “Aí resolvi voar até Marte para saber se tinha água lá”, confessou-me o Super-Zeiro. Isto tudo para economizarmos lágrimas no futuro.

            Aí perguntei pra ele: “uai, mas você voa”? “Vôo sim. Descobri há alguns anos, por acaso lá no bairro Buritis de BH. Donde resolvi treinar futebol no campo do Zico e alguns vôos. Eu vôo pelo menos cinco minutos, uma vez por semana, quatro vezes por mês, o que dá uma respeitável média de 52 vôos domésticos por ano. Se levarmos em consideração que aprendi a voar dez anos atrás, temos um cálculo aproximado de 2.600 minutos de vôo ou uma viagem de ida e volta à Austrália. Com escalas. Sou praticamente um PhD quando o assunto é vôo noturno urbano. Para facilitar a vida dos voadores de primeira viagem, criei três modalidades: para-o-alto-e-avante, abdução, acredite! E ré. E já adianto que não dá para voar abanando os braços. Lembre-se: não tenho asas.”
            - E esta imagem de você chegando ao nosso planeta, como se explica isso? - Deve ser coisa da Nasa. Eles me mandaram esta foto! Como estava dizendo: voei até Marte e aproveitei para conhecer outras galáxias. Marte tem água. Constatei “In loco”. Raposo I: registre este fato para futuras ponderações.
            - E como foi sua primeira viagem interplanetária, perguntei ao Super-Zeiro. – Bem! De uma hora pra outra, ainda em solo terrestre dei-me conta de que estava girando a uma velocidade de 1.700 km horários – a velocidade da Terra ao redor do seu próprio eixo. Resolvi, abandonar nosso planeta e partir com o seu satélite, lá em cima, muito além da estratosfera. Certamente iria correr muito, mas pelo menos, a velocidade era menor do que a da Terra sobre seu próprio eixo. Mas assim iria perder a tranqüilidade porque junto com a Terra iria girar a 107.000 km horários ao redor do sol. Assim, o melhor seria me deslocar para fora da órbita terrestre. Lá pelas bandas de Marte. Foi o que fiz.
            Ali estaria, enfim, livre da esfuziante velocidade da Terra que estava me tirando a tranqüilidade. Por mais que fugisse da Terra não fugiria, todavia, do Sol. Juntamente com o Sol e os demais planetas eu iria me encontrar girando a 250 km por segundo ao redor do centro de nossa galáxia, a Via-Láctea.
            O negócio seria abandonar o sistema solar e buscar outras paragens cósmicas, nem que fosse para um simples reconhecimento. Não me importando em que sistema estelar se situava. Pelo menos estaria tranqüilo. Mas ai descobriria que estaria, efetivamente, girando a uma velocidade de 1.500 km por segundo, acompanhando nossa galáxia numa viagem ao redor do centro de um conglomerado de outras 2.500 galáxias vizinhas.
            Nesta hora foi que resolvi voltar porque não me sentia totalmente seguro. Pensei no buraco negro!!! Em fazer como o super-homem em seus filmes: girar em sentido inverso da galáxia, porque assim anularia a velocidade e poderia sentir-me praticamente parado.
            Ai me sentiria impotente porque iria me dar conta de que, integrando ao conjunto de todos os corpos celestes, conglomerados de galáxias e sistema solar, estaria correndo, não, fugindo a uma velocidade de 5.790 km por segundo, de um ponto imaginário do espaço, onde presumivelmente todos tiveram origem, no big-bang, ocorrido há 15 bilhões de anos.
            Intuí, então, que por mais que fugisse, não fugia suficientemente. Seria carregado por algo maior que envolvia tudo: Deus. Assim, o melhor seria renunciar de minhas pretensões e regressar humildemente à Terra e ao meu Lar e colocar os pés no chão.
            De qualquer maneira foi uma experiência nova, não foi um Caos Aéreo como aquele que se instalou no país, há 6 meses, desde o acidente entre o Boing da Gol e o Legacy americano, vivemos uma onda de sucessivos transtornos: operação-padrão dos controladores de vôo, pane nos sistemas de controle, cachorro na pista, nevoeiros e outros. Lamentável assistir a um governo omisso em tantas áreas, inclusive na questão das águas. Cabe a cada um de nós fazer sua parte em prol do meio ambiente, ainda que pareça uma gota d’água no oceano.
            O Super-Zeiro chegou à conclusão de que devemos promover a construção de grandes barragens e hidrelétricas. Proteger a água cuidando de nossas matas ciliares, das nascentes dos rios e das florestas que os abrigam e os fazem crescer.

Cheguei a pensar que estava em outra galáxia. Duas luas?
Veja como é a sombra!

Beleza indescritível.

- Dúvida do Super-Zeiro: Apagão Aéreo ou Apagão de uma Era

DÚVIDA DO SUPER-ZEIRO: APAGÃO AÉREO OU APAGÃO DE UMA ERA?
                                            (11.ABR.2007 - Crônica não-publicada)

Às vezes ele usa de algums subterfúgio para não ser descorberto. Nesta foto
ele está à paisana e também de Herói.


            Conversa de coadjuvantes na hora do almoço do Super-Zeiro e seus pais em Rio Pomba, na Quírico Marini. A mãe Fernandina não tem poderes e não participa de suas aventuras e nem o seu pai, o Raposo I. É uma dona-de-casa que, além de ser mãe de um grande super-herói, ainda descobre que é mãe de um rapaz poderoso em início de carreira, pra ela, é claro. “Estou desenvolvendo poderes”, diz o filho, empolgado, na hora do almoço. A mãe, impávida: “Que maravilha”. Alguém quer começar a se servir do tropeiro?

            Continuou nosso herói, vestido à paisana, na oportunidade: do que serve um super-herói se não tem perigo algum a combater? Combato a corrupção política também, sou um sentinela da luta pela liberdade e direitos dos cidadãos. Aplausos! Continuou: nosso presidente não sabe escalar o time. Técnico do Cruzeiro, nem pensar! Imagine nomear um deputado para o Ministério da Agricultura um homem que prosperava no campo da delinqüência. Acusado de crimes eleitorais, freqüenta como réu cinco processos em tramitação no Supremo Tribunal Federal (improbidade administrativa e crime de responsabilidade). O que vocês acham que aconteceria se a imprensa não descobrisse e nós não gritássemos a tempo? E ainda não há inflação para eles, pra nós um reajuste de 4,45%, pra eles 28,4%. Tenho que ficar calado? O culpado do apagão é o presidente.
             Seu assessor interveio afirmando: tive muitas dúvidas ao escrever, novamente, sobre o tema do apagão aéreo, pois me parecia que tudo o que tinha a ser dito sobre o assunto já tinha sido escrito. No entanto avalio que precisamos de respostas e soluções urgentes para a superação da crise. Não se pode conceber que depois de 22 anos do final do regime militar, ainda convivamos com a militarização do controle do espaço aéreo, e tenhamos hierarquia e disciplina militar numa função especialmente civil no mundo todo. É preciso desmilitarizar, imediatamente, o controle aéreo e a aviação civil. Existe um descompasso entre a Aeronáutica e a Infraero, empresa estatal responsável pela construção dos aeroportos, sem recursos e se revelando de incapacidade gerencial. Notamos que o tráfego aéreo cresceu muito e a demanda também. Cesta básica engana a fome de milhões, mas milhões continuam na fila de espera nos aeroportos e no sereno da madrugada. Esta crise foi feita em casa. A peteca quente das desculpas não sai da roda do presidente e dos vários ministros envolvidos na megaencrenca, que ainda promete fornecer pano pra manga. Não bastasse a insegurança em terra devido à violência, vem agora a insegurança no ar.
            Este feijão tropeiro (pág.230) está uma delícia e é do livro “Receitas Cultura Humor” de Antônio Fábio. Ra-ra-ra!!! Celinha traga o limonjada com hortelã (pag. 133). Nada mais é do que uma limonada tirando-se o miolo do limão e a semente e batendo no liquidificador com casca e tudo, juntando-se suco de laranja e algumas folhinhas de hortelã e cubos de gelo.
            E continuamos a conversar e o almoço a transcorrer. Falamos até de juizes que para sê-lo, fraudaram provas e cometerem crimes. Não consigo entender direito concurso para juiz, para recém-formados, que podem até ter alguma competência técnica por conhecer as leis, mas que simplesmente não conhecem a vida. Se fosse uma mera questão de aplicar a letra da lei, bastaria substituir os tribunais por computadores. Juiz deveria ser uma função só acessível a quem tivesse, no mínimo, 20 anos do exercício do direito e cabelos grisalhos. Aí o Super-Zeiro disse: será que nesses casos não teríamos juizes venais de baixa moralidade e caráter?
            Calei-me e voltamos ao assunto do Apagão. Mais juízo deputados. O país exige a instauração da CPI para esse mister. O Brasil é um país com estradas precárias e sem ferrovias e hidrovias e esta paralisação dos controladores de vôos colocou o governo de joelhos. É hora de soluções. O governo não avançou um milímetro na solução da crise. Tem que anunciar já o que fará para acabar com o colapso na aviação civil.
            O Super-Zeiro possui uma cabeça inclinada a pensar em soluções, diferentemente do governo que não age com determinação.


Bom apetite e PT, saudações.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

- Super-Zeiro: O apagão pode, a CPI não.

SUPER-ZEIRO: O APAGÃO PODE, A CPI NÃO.
                                     (07.04.2007 - Crônica  não-publicada)


Sobrevoando Avenue des Champs-Elysées minustos antes
de chegarmos ao Arco do Triunfo.

Fernandina e eu estávamos em Paris com o  amigo Arquiteto Dr Vitório Caldoncelli
e olhe 
quem apareceu  para a foto!


             Espero que quem leu minhas crônicas anteriores não as tenha esquecido logo em seguida. A crença em um herói poderoso e íntegro que defende a liberdade e a segurança é o meu fascínio do momento. Uma coisa, porém, é discordar, e outra é jogar pedras. E como assessor do Super-Zeiro e cônjuge da mãe dele, com muita honra, torço, de coração, pelo seu sucesso e de toda sua iniciativa e até fico orgulhoso dela. Iniciativa feita com empenho seja por super-herói ou não, é realmente espetacular, até porque a única unanimidade aceitável é a defesa da pluralidade de opiniões e idéias.
            Às vezes pensamos que cabe ao grande criador do universo perdoar os marginais, o preconceito de que quem acredita é um inimigo, a idéia de que mudar as palavras muda a realidade, os culpados são sempre os outros, os dos outros partidos. O Super-Zeiro não pensa assim por estar entrando na onda de um super-herói moderno e que não fica impassível perante a tudo isso.
            A crise nos aeroportos brasileiros é um retrato ¾ deste governo: falta de projetos, inaptidão para administrar crises, incapacidade para antever dificuldades e imperícia para gerenciar a máquina pública como uma empresa.
            Apagão aéreo, apagão na justiça, apagão na segurança, na saúde, no setor elétrico e cultural... Em todos os sentidos. Os políticos criaram mais um impedindo à criação da CPI. O povo foi, novamente, enganado por esses espertalhões não se indignando ou não reagindo? O Super-Zeiro, não. De que eles têm medo? Uma devassa na Infraero, estatal que administra aeroportos? Por quê? É inacreditável que após exaustivos seis meses, muita falação e desculpas ridículas, o governo não tenha encontrado uma solução para o problema do espaço aéreo. Tudo tem sido uma sucessão de erros cometidos em cadeia por um Presidente e Ministro incompetentes, da Aeronáutica, da Infraero, da Anac às companhias aéreas. Esta novela já demorou mais tempo do que se poderia suportar o mais paciente dos mortais desde o acidente que matou 154 pessoas e marcou o início de uma jornada infernal de atrasos e cancelamentos de vôos, sempre justificados por diferentes, e não raro, fúteis motivos. É a inércia e a cumplicidade das autoridades.
            Operação padrão? Sabotagem? Condições inadequadas de trabalho dos controladores de vôo? Incompetência da Aeronáutica? Fadiga de material? Má gestão, Ganância das companhias aéreas, Corrupção na Infraero? Cumplicidade e omissão da Anac, Desdém? Ou, além do desrespeito conosco, todas as alternativas anteriores?
            O Super-Zeiro não concorda com tudo isso nem, tampouco, com o motim dos sargentos. São militares. Pediram desculpas, mas e daí, e o povo? Erraram os sargentos, o ministro, o presidente Lula. O Super-Zeiro impõe que se mostre à nação que a Constituição continua em vigor. Vamos fechar esta ferida aberta nas Forças Aramadas, sobretudo na aeronáutica.
            Estamos escrevendo isto aqui e agora, como um ato de repúdio e também por ser um ato constitucional da liberdade de imprensa e de expressão. Às vezes fico pensando como Arnaldo Jabor e Dora Kramer, jornalista do Estado de “São Paulo”: será que com a instalação da CPI do Apagão, como as outras CPI’s, iriam descobrir todas as verdades de formas cristalinas, todos os crimes, todas as mentiras, os culpados catalogados? Sim. Claro que sim. Este é o problema: como ousaram ser tão honestos?
            O Super-Zeiro voa, mas a maioria dos mortais não voa, portanto, configura um ato de desprendimento e um não-egoismo do nosso herói. A solução não é pra ele, mas pra todos nós. Vejam que ele foi voando para Paris para se encontrar com seu assessor Antônio Fábio, sua mãe Fernandina, seu irmão Márlon e o amigo Vitório Caldoncelli.
            Denunciar pra quê, se indignar com quê? Fazer o quê? O que aconteceu de punição com as outras CPI’s? De qualquer maneira é um jeito de ser nosso, uma finesse, acordem que o Super-Zeiro está chegando...

- Super-Zeiro sugerindo soluções para o problema da amazônia

SUPER-ZEIRO SUGERINDO SOLUÇÕES PARA O PROBLEMA DA AMAZÔNIA

                                      (27.MAR.2007 - Crônica não-publicada)



Nosso herói foi flagado sobrevoando Brasília por um  fotógrafo amador.

            A Devastação das florestas, pulmão da humanidade, a agressão suicida do meio ambiente, a poluição dos rios e das fontes de água potável e a transformação de áreas imensas do tamanho de países europeus em desertos. As forças armadas não são para a guerra? Pois bem. Essa é, também, uma das guerras do SUPER-ZEIRO, além do crime organizado. Nosso herói como um bombeiro em um país com natureza em um ambiente em chamas.

            Ele pensa em Alcântara, sobre o confisco sobre renda, sobre nosso complexo de inferioridade. Afirmou: “continuamos a ter o maior rebanho bovino do mundo, um parque industrial movido à tecnologia de ponta, somos quase auto-suficientes em petróleo, podemos produzir álcool à vontade, continuamos a ter safra de grãos maior a cada ano, reservas minerais abundantes, hidrografia privilegiada. Por que nossa moeda insiste em se manter nesse incompreensível complexo de inferioridade?”.
            Uma de suas lutas refere-se à lambança na Saúde, com filas de doentes à porta de postos e hospitais públicos, juros altíssimos, massacre de impostos, violência, a indefinição de quem maior bandido e de quem manda mais bala, se a polícia, se os traficantes. Falsos remédios e gasolina, a indignação do povo quanto a condutas de deputados e senadores, a falta de definição por parte do governo de questões complexas - não vou nem falar. AH! São tantos e tantos os problemas para o Super-Zeiro!

            De qualquer forma, estou de olho à espera de dias melhores, atento, de guarda em legítima defesa. Com minha paciência e inteligência em xeque. Como assessor do Super-Zeiro, o Raposo I, sou um esperançoso profissional.

            O Super-Zeiro quer que se decrete que toda a AMAZÕNIA SEJA território federal. Guerra à devastação. Não se derruba mais na Amazônia. Expulsar de lá todas madeireiras, a começar pelas estrangeiras, que já devastaram a floresta tropical da Ásia. Convocar urgente reunião internacional, no âmbito de ONU estabelecendo fundo internacional para esses misteres. Exigir que, doravante, qualquer país não poderá comprar qualquer madeira nobre do Brasil. Que eles usem lá os seus pinos e materiais sintéticos. Nós vamos adotar o modo extrativista derrubando, quando pra nós necessário, uma árvore de vez e não levando com ela 10 outras. Equipar as Unidades militares a serem espalhadas pela selva com helicópteros, lanchas rápidas (nos rios) pesadamente armadas com força letal e equipamento de monitoramento por satélite. Quem for pego, além de cadeia dura, deverá ter seus bens confiscados. A devastação da floresta será considerada crime hediondo contra a humanidade. Nosso herói pensa assim, confidenciou ao RAPOSO I.

            Nosso herói quer obrigar a que os traficantes, se não extintos, pelo menos se tornem mais humanos. Ao invés de pó de mármore e de vidro, seus produtos deveriam levar misturas mais nutrientes como leite Ninho e Maisena com qualidade garantida pelo Inmetro.

            Para não me tornar um ébrio de mim mesmo, um anti-herói, vou substituir, neste sábado, esse meu falar por umas cervejas. É o único jeito de eu ficar mais alto. .

            Nosso herói e seu assessor não têm preconceito nem mesmo do preconceito e do racismo. Cultura não é acessório. Quem é contra a pizza, o falar italianado dos paulistas, o Sushi, a fusão de branco, negro e índio? Cultura é poder para o Super-Zeiro.

            Somos cidadãos livres e por isso vamos continuar a chamar o mau motorista de barbeiro, de continuar a achar que a coisa está preta já que a cor negra é associada, entre nós ocidentais, a luto, medo do escuro, do desconhecido, nuvens negras – assim como no oriente o branco é que é o sinal de luto e nem por isso é vista como forma de racismo antibranco. Na Bahia, o “negão” é, praticamente, um título honorífico para eles e para o Super-Zeiro.
Esta foto foi do próprio Super-Zeiro. O que que significa  esta construção?
             “Prestenção”: convido a todos vocês a fingir que não notaram o correr dos ponteiros do relógio ao ler esta crônica a ler mais algumas do nosso herói!!! Se não fizerem isso, como um bom assessor de vampiro brasileiro e do Super-Zeiro, vou rogar uma praga pra você ficar recluso numa ala psiquiátrica de um hospital da rede pública, assistido por um psiquiatra competente, mas meio doidão, em companhia do Itamar Franco e do João Kleber. “Enfo”!!!

- Super-Zeiro - Apresentação

   SUPER-ZEIRO - APRESENTAÇÃO

                                      26/MAR/2007 - Crônica não-publicada




            Assessor do Super-Zeiro não precisa puxar o saco para ser chamado para o trabalho. Ele se vende pelo próprio trabalho bem-feito e não espera ser chamado para atuar. Ou seja, ele tem mais do que iniciativa, ele tem atitude.

            Quando convocado para ser seu assessor, O RAPOSO I lhe perguntou: que tipo de herói é você? Observou todo o fascínio que tem causado com sua personalidade mais humana. Inovador que se adaptou às novas realidades desde que foi criado pelo Cláuton. Tem características nobres como ética e coragem, por isso, sobressaindo-se como super-herói. Por saber gerenciar conflitos sem perder a personalidade supera as limitações humanas. Ele é um personagem vivo, desafiador, ousado, de QI elevado, mágico de ilusão e da fantasmagoria, mas também um mestre de sonhos e símbolo de desejo e poder. Ficou mais bonito, mais jovem com este uniforme, principalmente quando está bem barbeado. Cada vez que o vemos, ele se doa mais, fica mais sensível, o que revela grande capacidade de se inovar. Melhorou a comunicação visual, ele ficou mais inteligente, passou a fabricar tecnologia, melhorou o relacionamento interpessoal.

            Como todo Super-herói é uma figura que engendra feitos mais fantásticos que os feitos dos próprios heróis. Evidentemente, foi fruto de invenção humana da fantasia e da ficção. Possui alguns superpoderes que não são comuns aos simples mortais. É um super-herói que não usa cueca por cima da roupa. Um herói que se veste com as cores do Cruzeiro de Belo Horizonte, com muita honra.

            Tem como objetivo a defesa do bem, da paz, o combate ao crime, tomando para si a responsabilidade de ser protagonista na luta do bem contra a mal, idéia esta que é justamente o que faz com que nosso Super-herói tenha conquistado grande respaldo social, principalmente entre os jovens, torcedores do cruzeiro, amantes do bom futebol e da PAZ. Usa seus superpoderes para impedir tragédias e resgatar vítimas de incêndios terremotos ou guerras, além de proteger os belorizontinos de um modo geral. Um paladino da justiça fantasiado com uma linda e criativa veste de MANTO AZUL. Seus objetivos se renovam conforme as transformações sociais de cada época.

            É como se fosse um detetive especializado em casos extraordinários ou inexplicáveis. Muitos destes, relacionados a povos desconhecidos, lugares lendários, máquinas inimagináveis e mulheres lindíssimas, ainda bem!... Durante suas fantásticas viagens pelos quatro cantos do mundo e outros planetas, nosso herói aprendeu inúmeros truques e adquiriu os mais obscuros conhecimentos.

            Já viveu aventuras mirabolantes para lutar contra o mal. Suas idéias não se baseiam apenas no interesse pelas causas coletivas, deixando transparecer seus dramas pessoais e sentimentos de carne e osso. Em suas lutas e combates se revelam os elementos sociais que expressam o desejo de liberdade, a luta contra a opressão ou apenas a reprodução da competição típica de uma sociedade capitalista.

            Diferentemente do Super-Homem que tem como seu arquiinimigo Lex Luthor - O mais maquiavélico vilão já desenvolvido em uma história em quadrinhos. Dono de um QI altíssimo e de uma fortuna maior ainda. Que tem Lois Lane - Repórter intrépida, ágil, independente, inteligente, cheia de recursos... A mulher ideal para um Super-Homem. Jimy Olsen é o amigo do Super-Homem e de Clark Kent (não sabe que os dois são a mesma pessoa) e trabalha no Planeta Diário. Pois é, nosso Super-Herói tem como arquiinimigo a pobreza, a injustiça, ainda não encontrou o seu amor e seus amigos são seus assessores. Eu sou o Raposo I. Ele é um personagem totalmente original, pelo simples fato de que não havia um, já criado com os mesmos poderes e objetivos do nosso herói. “Sui-generis”, incomum, inigualável.

            E começo fazendo uma comparação pertinente. Se a pergunta fosse "Como fazer o leitor acreditar em um cowboy italiano?", aí, sim, teríamos uma resposta na ponta da língua. É só ver Tex. Coleciono esta revista em quadrinhos desde 1951. Tenho toda a coleção do Brasil e algumas adquiridas em Veneza, quando lá estive.

            Em uma oportunidade disse ao Super-Zeiro: pode-se ser muito rico sem ter dinheiro. – Por esse prisma, atentando no julgamento deste meu assessor-amigo, constatei que realmente sou muito rico. Tenho uma riqueza suprema de viver em paz com a minha consciência, de fazer aquilo que gosto, de curtir o que tenho, adquirido com sacrifício.

            O Fantasma foi o primeiro super-herói dos quadrinhos, o Super-Zeiro dos cruzeiresnes. Superman (ou Super-Homem), Batman, Flash, Lanterna Verde, Aquaman, Mulher-Maravilha, o Incrível Hulk, Homem-Aranha, X-Men, os Vingadores. Eles Brazil com “Z”, nós Brasil com “S” do Super Zeiro.

            Índios musculosos e selvagens, araras e coqueiros pelas ruas e mulheres seminuas na praia. É a visão que os americanos têm do Brasil? Sim, mas não foi só em quadrinhos e filmes americanos que encontrei essa ótica distorcida. Por incrível que pareça, estes elementos, volta e meia, são vistos também em histórias 100% feitas aqui.
             Nosso herói já foi flagrado na calada da noite sobrevoando a Pampulha, o Mineirão, o Maracanã, emergindo das sobras. Um homem sem face, sem identidade, sem medo, disposto a enfrentar e a combater as injustiças sociais de cidades neuróticas, sinistras... onde a violência impera em cada esquina, em cada beco. Um forte e ágil vigilante diurno e noturno das nobres causas dos terráqueos.


Sonho de mineiro é ter praia. Nosso herói fez uma praia na Pambulha.

sábado, 4 de setembro de 2010

- Pede-se não dar comida aos jacarés.

PEDE-SE NÃO DAR COMIDA AOS            JACARÉS.                                         Crônicas do autor no jornal O Imparcial de 23.DEZ.2001.


            Para exemplificar, observem como, muitas vezes, a pessoa vê, mas não enxerga. Aconteceu comigo quando trabalhava no Banco do Brasil, portanto é um caso verídico. Tínhamos e ainda temos um açude na AABB. A meninada do “gordo” (um bairro da cidade) nadava lá todos os dias. Numa reunião no banco, afirmei (até aos “expert’s”, inspetores e outros) que tinha idéias para solucionar o problema. Desafiado, saí na mesma hora em direção à AABB. No dia seguinte, eles viram que eu havia mudado a placa de “ENTRADA PROIBIDA! PROPRIEDADE PARTICULAR” para BEM-VINDO. SINTA-SE EM CASA” e a de “PROIBIDO NADAR por “PEDE-SE NÃO DAR COMIDA AOS JACARÉS”. A meninada estava toda lá perguntando: “Será que eu posso nadar”? Ao que respondi: “Claro”. – “Mas e o jacaré”?- O jacaré é mansinho: o máximo que ele pode fazer é comer um dedo seu, ou dois, ou o pé ou a mão. Comer tudo é muito improvável. Não vai nessa conversa do Hervé e do Maurício não. IRONIZEI. Eles são muito exagerados”. Pergunte se eles continuaram a nadar?



Moral da História

A criatividade é o que faz a diferença na hora de atingirmos nossos objetivos.

                                                     (o autor)



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Antônio Fábio