quarta-feira, 26 de setembro de 2012

CONSERVATÓRIA CANCIONÁTICA & POEMÁTICA

GRUPO DE EXCURSIONISTAS AMIGOS EM 21 & 22 /SET/2012


                                                                           Antônio Fábio – 24.09.2012



      Por que fomos lá? Porque nosso orgonizador de excursões, o competente amigo de peso, que sempre nos une a todos o Zé Roberto, nos proporcionou mais essa oportunidade dos amigos excursionistas se reunirem novamente e fazerem novos amigos. O ônibus que saiu de Ubá passou por por Rio Pomba com 1 hora de atraso em razão de ter quebrado e ter que ser substituído por outro micro-ônibus. Nós nos apresentamos, distribuimos balas de café e pé na estrada.

      Conservatória fica a mais ou menos 260 km de Ubá, 235 de Rio Pomba, l20 do Rio de Janeiro, 30 km de Barra do Piraí e a 33 km de Valença, cidade da qual é distrito. Suas características bucólicas de arraial, pacata e tranquila, cujos moradores de fala branda, afáveis e educados preservam seus costumes o que torna esse pequeno vilarejo um pólo de atração turística. As placas de suas casas têm nome de uma melodia, seu copositor e cantor.
      A cidade respira música e poesia. A população é de aproximadamente 4.500 habitantes e sua altitude 535 metros acima do nível do mar (Ubá 200/Rio Pomba 410), clima ameno e agradável e um pouquinho frio no inverno. Sua economia é a agricultura e o turismo.
      Dois casais ficaram na Pousada “Meu Cantinho” e o restante no Hotel Conservatória porque é mais simples, no centro e o preço convidativo. Colchas de retalho, bonecos de papel jornal, doces caseiros, cachaças, produtos da roça, delicatessem, crochê e tear e objetos do artesanato, em cada esquina. Muitos visitaram a igreja de Sto. Antônio (Séc. XVIII) o Museu das Serestas, que tem o maior acervo de músicas de serestas do país e um dos maiores do mundo, o Museu Vicente Celestino e Gilda de Abreu (fotos, discos e objetos pessoais do cantor e ator Vicente Celestino e de sua esposa, a cantora lírica, cineasta e escritora Gilda de Abreu), o Museu Sílvio Caldas, Gilberto Alves, Nélson Gonçalves e Guilhermina de Brito (fotos, discos e objetos pessoais). Visitamos também o Casario Colonial que fica na Antiga Estação Ferroviária onde Fernandina e eu fizemos algumas fotos de época. A visita ao Túnel Maria Nossar (Túnel que chora - na boca do túnel cai água) do Século XIX feito pelos escravos que fica na saída para Barra do Piraí não visitamos porque o pessoal estava doido para chegar ao destino. Um dó, perderam mais uma forma de conhecimento. Durante o dia poderíamos fazer um passeio de charrete e visitar diversos hotéis fazenda. Outro ponto procurado por turistas e frequentado por moradores é o balneário municipal João Raposo, antes da estrada que leva a Valença, conhecido como Cachoeira da Índia por ter no meio do lago formado pela cachoeira uma escultura em bronze, que evoca uma mistura de índia com sereia. Falei disso com quem estava no ônibus comigo na frente. Conservatória é conhecida também pela observação de OVNIs na Serra da Beleza (ponto de ufologia -12 km) e pelos diversos filmes rodados nas suas terras como se poderia observar pelas fotos no café da manhã do hotel.
      A serenata, a música cantada sob o sereno, é um ritual que acontece há 134 anos, começa às 8 horas da noite com o encontro dos músicos no museu dedicado ao tema, para afinar violões e definir o repertório. Por volta das 23 horas, sai em passeata pelo centro com moradores e turistas entoando canções de amor e recitando poemas. Normalmente 180 pessoas entre uns 15 violeiros e participantes. É um compartilhamento admirável que parece ensaiado. A serenata dura até meia-noite e pouco e só não acontece se chover. A Solarata é a tocata que acontece na rua do meio nas manhãs de domingo e todos cantam juntos até na hora do almoço. Todo quarto domingo do mês, tem missa dos seresteiros a partir das 9h na Igreja de Sto. Antonio. No mágico vilarejo de Conservatória, há única réplica de que se tem conhecimento no universo das atrações cinematográficas do extinto Cine Metro Tijuca, que reinou majestosamente na Praça Sans Peña do qual tivemos o prazer de conhecer pessoalmente na nossa lua de mel. Não deixe de visitar. Existem também as serestas (canto em espaços fechados) realizados em diferentes hotéis e pousadas. No meu hotel houve, no sábado um SARAU (evento cultural e/ou musical) de 5 às 7 da noite com a cantora Juliana Maia e uma outra lírica que não me lembro do nome. Ambas nos encantaram. Zé Roberto se fez ouvir no poema “Deusa Barroca” de nossa autoria” que foi premiado no Festival de Cultura e Gastronomia de Tiradentes. Comprei CDs da Juliana. Uma beleza!
      Os turistas são atraídos pela atmosfera romântico-musical das diferentes apresentações, hospedando-se nos hotéis e pousadas para poderem acompanhá-las. Geram, dessa forma, um importante fluxo de renda e consequente emprego de mão-de-obra local.
      Música e grandes paixões sempre estiveram de mãos dadas em Conservatória e geraram muitas histórias de amor / São pessoas vindas de recantos do país e até do exterior.
      Nesses dias aconteceu o XIV Festival de CHORINHO em uma tenda montada na praça do centro com mais de 3.000 pessoas atraídas pela competência e a fama, de nada mais nada menos, RONALDINHO do cavaco (discípulo de Waldir Azevedo) que nos brindou com uma apresentação de gala. Nós nos encantamos também com aquele que toca indiferentemento com as duas mãos, o DEON o Rei dos instrumentos de corda que nós já conhecíamos. Deon apresentou um Potpourri executando várias músicas populares tocadas uma após a outra com admirável maestria. A última foi o tema de Ayrton Senna que levou o público ao delírio. Ambos são fora de série, admiráveis!
      Nas noites da sexta e do sábado demos um show à parte na TABERNA (Restaurante) e no Dó-Ré-Mi – onde degustamos bacalhoada e música com beijos de cerveja e dançamos e nos encatamos com a simpatia, a beleza, o charme e o talento da voz de uma louraça de fechar o trânsito. Estamos falando da MÔNICA BARLETA que já é conhecida naquelas plagas. Sônia Barros, aquela de uma morenice encantadora, lider nata, também foi muito admirada pelo seu lindo traseiro, seu popô. O casal Maria Célia e Sérgio/ ela com um assobio magistral, ele que conhecia todos meus familiares do bairro Caxangá em Ubá, ambos com simpatia sem igual. O Daniel com todo o seu glamour e facínio nos encantou com o samba nos pés e seus cliques digitais. Não adiantou despistar. Estávamos de olho, sô! Inês com que desfilei de mãos dados em Parati ainda me estende as mãos, Moema uma charmosa pé-de-valsa, Dr. Ary - nossos Santos se harmonizaram, Loló e Niltinho, Dulce e Márcio, Guilhermina e Dr. Renato, Ana Lúcia e Dr. João, Maria Alice e Emílio, Ana e Vaguinho, Maria Eva e Assis, Lícia, Dodora, Demóstenis, João Bosco, Clélio, Camila, Galvão, Evandro e Dr. Roberto. Todos nos vestiram de sorrisos cativantes, graciosidades, risadas para descontrair, sensualidades, corações abertos, simpatias contagiantes, simplicidades / E / aquela de maior glamour e de nata elegância / de beleza extasiante / de pesonalidade envolvente / minha musa inspiradora e amada amante FERNANDINA / esta a me apoiar naquelas palaaaavras...
      Conhecer lugares amplia para o bem nossa maneira de enxergar e compreender o mundo e as pessoas. Para isso é necessário captar a essência dos lugares. Viajar enriquece o espírito, aprimora a cultura e acentuam a educação. Devemos procurar viajar com arte, olhando para o destino com a vista desembaçada e com a mente aberta.

Quantas coisas eu vi / O céu que hoje é azul / Quando eu conheci / Era preto e branco.../ Para se ir à Conservatória os quilômetros eram mais longos.../ Engraçado, encolheram... / O que antes eram 400, hoje são 260 ou um pouco mais / O que antes era lá, agora é ali Fui pra lá.../ Até não muito longe... / E vi o horizonte e os barrancos nos chegando de tantas eram as curvas do caminho / O horizonte encurvava.../ Enchi muito álbum de saudade.../ E o que não foi impresso nos retratos / Ficou impresso na alma /

"Em cada Casa uma Canção, em cada Canção uma Saudade"


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

- ZÉ BUDEGA, O CRAQUE

                                            Crônica de 27.05.2012 de Antônio Fábio Publicada às páginas 145 e 146 do meu livro ANTOLOGIA EM PROSA & VERSO

                                             ZÉ BUDEGA, O CRAQUE


Palavras que voltam à mente trazidas pelos ventos da saudade / E / Que ecoam em nossos corações/ De repente um perfume no ar / Que entra na alma e faz sonhar.


      O Pombense goleava o Itararé de Tocantins, o Aimoré de Ubá, o XV de Novembro de Rio Novo, mesmo no campo de adversário, graças ao Zé Budega. No seu reduto da rua Luíza Alvim tudo era mais fácil. Tínhamos uma charanga sob a batuta do Genário e seu piston, sempre fazendo a festa com mais de 2.000 torcedores. A tarefa era facilitada porque seus companheiros também eram bons de bola: os goleiros Cici, Rivas ou Genito (Mercês) - os laterais, Schubert, Quinzinho, Papagaio ou Delcinho - os zagueiros: Divino, Genário e Jalmeno de Silveirânia - os laterais: Tinho Vaz ou Duquinha (irmão do goleiro Cici) - os meio-campistas Geraldo Cunha (chute certeiro e exímio cobrador de faltas), Merico (grande distribuidor de jogadas) ou Zé do Pedrinho - dos atletas da linha de frente Jackson, Toninho do Dr. Zé Reis, do Pinto do Sô Lino e o Filizzola na torcida dizendo: fecha o portão, vamos dar um coro nessa turma.
      Era da época do Paulo Furtado e do Luizinho Furtado, do União de Silveirânia que apoiavam esse Pombense de tantas glórias. Época em que a gente sabia que a alegria do triunfo jamais poderia ser experimentada se não existisse a luta, que é a que determina a oportunidade de vencer.
      O Zé Budega era veloz e audaz, tinha ginga e habilidade, era um jogador de toques rápidos e envolventes, sabia fazer gools de calcanhar, de bicicleta, de letra e era um exímio cabeceador. Não era alto, mas tinha muita impulsão. Sempre o via encher o pé de qualquer distância, com qualquer uma das pernas indiferentemente, para estufar as redes. Imprevisível e surpreendente, mais criativo do que a criatividade e, futebolisticamente, mais sábio do que a sabedoria. Um jovem de rara limpidez, além de uma técnica apurada. Sempre antes que a bola lhe chegasse, numa fração de segundos, já calculava sua trajetória e velocidade, a posição dos companheiros e adversários. Parecia que ele tinha um computador no cérebro e outro olho na nuca.
      Zé Budega desfilou todos esses talentos no Pombense e no América de Rio Pomba, no Tupi de Juiz de Fora e no América do Rio que na época era um grande time. Foi um dó ele ter largado tudo no Rio de Janeiro por causa do seu amor rio-pombense: a minha irmã Marlene a quem fez muito feliz. No Rio em 1955, estava sobre o comando de Gyula Mandi, técnico polonês, da seleção da Hungria que havia feito o maior sucesso na copa de 54 que o considerou uma grande promessa. Foi reconhecido como craque pela REVISTA MANCHETE ESPORTIVA. Poderia ter até servido à Seleção Brasileira se não tivesse um temperamento compulsivo.
      Foi um grande pescador e também aquele que sempre se aventurava nas águas turvas dos rios à procura de pessoas desaparecidas. De temperamento brigão, estopim curto e que não levava desaforo pra casa, mas de coração puro que até tirava sua camisa pra cobrir o outro. Era um doador de sangue assíduo do hospital.
      Estou a dizer tudo isso em busca da verdade, já que é um fato reconhecido por todos os futebolistas da região e de todos que o conheceram de perto. Digo isso com imparcialidade, com emoções novas e uma contemplação crítica.

Fica esse fato de título de craque como de uma firma registrada em Cartório e que nunca estaria com o prazo de validade vencido.

domingo, 9 de setembro de 2012

- Voltando a ser criança

                        VOLTANDO A SER CRIANÇA
                                                      Rio Pomba - 07/SETEMBRO/2012



      Fernandina e eu fomos convidados a marchar no 7 de setembro, como ex alunos do Grupo Escolar São José. Na concentração na Cel. Antônio Pedro disse pra turma: 93 anos não é fácil não. Alguns me olharam de soslaio e disseram: olhe nem parece, tem os dentes todos. Expliquei: quem tem 93 anos é minha sogra. Eu ainda falto vinte para chegar lá. Risos e mais risos. Começou a marcha: um, dois, acertem o passo crianças. Na minha cabeça as lembranças daqueles tempos idos. Embora utópico, estávamos todos voltando ao tempo melhor de nossas vidas. Agora para reaprender e conhecer melhor o mundo, colorindo-o de sonhos, vivendo o presente de forma livre, onde os adultos não conseguem viver porque é preciso ter pureza, inocência e humildade no cumprimento do seu dever. Estava naquele “um dois” como apresentando um pedido de demissão da categoria de adulto. Comecei a pensar como se tivesse meus oito anos, a acreditar que o mundo é justo e que todas as pessoas são honestas e boas e que tudo é possível. Fazer amigos sem saber os seus nomes / com efeito / por desconhecer o que é preconceito.
      Não queria nem me lembrar de computadores que falham, de notícias ruins dizendo adeus a pessoas queridas, de contas a pagar... de fofocas. Uns, dois, acertem o passo sussurrava com os da frente. Pensava: chegando à praça vou jogar pedrinhas na água, comer moedas de chocolate, caju, manga Palmer e jabuticaba, além de mastigar chicletes e picolés, afinal sou criança novamente. Se tiver chance vou jogar bola de gude, jogar pião e brincar de garrafão e uma peladinha na Odilon Braga. É mole? Feliz estou agora somente em recordar. Jamais me esqueci dos amigos que deixei. Estou vendo nessas pequenas recordações um motivo a mais para sorrir.
      Vivemos uma realidade tão dura que, às vezes, queremos voltar à infância, à época de fantasias, sem preocupações com decepções e pressões de qualquer ordem. Jesus disse que precisávamos nos tornar crianças para herdar o Reino dos céus... Viva este momento, que não morra o espírito de criança que está em mim agora. Criança é também aquele adulto que nunca esqueceu da criança que foi um dia. Um, dois, acertem o passo! Estou de mãos dadas com a vida, pois minhas intenções são as melhores. Não tenho rancor sô! Passo vai, passo vem e eu pensando: tenho um pouco de criança dentro de mim agora e a minha missão é chegar à praça Dr. Ultimo de Carvalho são e salvo.
      Todo ser humano tem um pouco de criança dentro de si e até o poeta deve conservar a criança que pulsa no seu interior através de gestos e belas atitudes acreditando em seu coração que o futuro além de promessa é uma missão a realizar. Voltar a ter muita liberdade que faz a criança querer voar, conquistando tudo a sua volta, brincar na chuva, subir nas árvores, fazer traquinagem durante todo o dia / tudo parecendo engraçadinho / e a noite já bem cansado / dormir como um anjinho!
      Batendo o bumbo e nós crianças marchando. Perna direita, perna esquerda. A bateria e as recordações nos ajudavam. Olhe a cadência, observa a distância, olhe a cobertura, acerte o passo, mãos espalmadas mantendo a postura. Chegamos. Que alívio!

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

- Não vote em mim - 20/AGO/2012




Esta crônica foi publicada às paginas 103/104 do meu livro
ANTOLOGIA EM PROSA & VERSO
        





           Esta é uma crônica sem qualquer cunho partidário e/ou religioso. Você pode acreditar até em ET, mas não deve acreditar em mim e nem no horário político da TV Capim Gordura. Meu partido político é o “RP”, Rio Pomba. Meu compromisso é com a verdade, meus ideais e comprometimentos.

              Você, realmente, não 
deve votar em mim, primeiro porque não sou candidato, se bem que, mesmo nunca tendo sido candidato, tive 18 votos em uma eleição apurada no Clube dos Trinta. Naquela época era cédula, não era urna eletrônica. E – também – não concordo com esse mau exemplo de legislar em causa própria dado pelo Tribunal Regional do Trabalho de Brasília quando dobrou seus próprios salários (222%). Fizeram-me lembrar dos deputados mineiros há tempos (64 mil). Não vote em mim, porque você estaria correndo o risco de ver um cara obrigando a todos a devolver o valor de repasses e todos os bens adquiridos de forma ilícita, confiscados. Não vote em mim, porque eu poderia até apresentar uma lei em que o percentual dos aumentos dos eleitos não pudesse exceder aos concedidos aos brasileiros da classe média (bancários, professores etc.). Não vote em mim, pois não concordo com a corrupção, a falta de ética, o empreguismo, a ideia de “levar vantagem em tudo”. Não vote em mim, porque, entre outras coisas, devo ser mesmo um chato porque estou sempre a apresentar soluções para os problemas que atingem o rio-pombense, principalmente.
      Não vote em mim, porque penso que o estupro é o mais hediondo dos crimes, depois da tortura. Deveria ser como a tortura, um crime inafiançável, até porque se parecem e se confundem.
Não vote em mim, porque eu até penso que deve haver, escondida nos subterrâneos do Congresso, uma escola de malandragens, golpes, perfídias e corrupção. Não é possível que tantos congressistas já nasçam com tanto conhecimento acumulado. São Valérios, Malufes, Jéfersons, Genuínos e Severinos e muitos renunciando para não serem caçados e ainda recebendo aposentadorias. Grana sumindo das federais. Escândalos e mais escândalos / Falcatruas!/ Armações e até mensalões/ Prendam todos esses ladrões. Não vote em mim, porque eu iria até rezar para que muitos deputados tivessem febre aftosa, peste suína, ou gripe das aves, tudo para que tivéssemos que sacrificar todo o rebanho contaminado.
      Não vote em mim, porque não vou permitir a devastação da Amazônia, pulmão da humanidade, a agressão suicida ao meio ambiente, a poluição dos rios e das fontes de água potável e a transformação de áreas imensas do tamanho de países europeus em desertos. Não vote em mim, pois vou determinar que as forças armadas entrem nessa guerra. Elas não foram criadas para a guerra? Pois bem. Essa é, também, uma das nossas guerras, além do crime organizado.
      Não volte em mim, porque gosto de espelhar-me em pessoas e políticos de bem e de bom caráter nas suas características nobres, como ética e coragem e que tentam resolver os problemas da pobreza e da injustiça. Olhe como é perigoso votar em mim: posso até me revelar um sentinela que luta pela liberdade e direitos dos cidadãos e os meus objetivos devem se renovar conforme as transformações sociais de cada época. Penso que, sendo cristão, tenho o dever de me esforçar sempre para alcançar novas conquistas, me esforçar sempre para mudar tudo para melhorar nosso amanhã, pensando que Cristo nasceu, morreu e vive para sempre entre nós.
      Não vote em mim, pois posso incomodar muita gente pensando igual a Martin Luther King: “O que mais me preocupa não é o grito dos violentos, dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais me preocupa é o silêncio dos bons”.


É como disse Niemeyer nos seus 103 anos de idade: “Brasília nunca deveria ter sido projetada em forma de avião e sim em forma de Camburão”.



      Não quero desesperança, não vote em mim.



                         Um abraço

             Antônio Fábio da Costa
Membro correspondente da AULE – Academia Ubaense de Letras
afabio1@hotmail.com – afabiobrasil.blogspot.com