07.SET.2013
Hoje, sábado, estou eu
de novo com minha “pena” procurando desenhar mais um belo dia. Tentando doar a
você a alegria, o sorriso e tudo de bom que tem dentro de mim. Descrevendo
sobre um evento na Praça Ministro Odilon Braga, Centro em Rio Pomba que envolve
dança, música, apresentações artísticas e culturais.
A
parte musical, durante a Feira Livre, busca valorizar os artistas da cidade e
também da região. Aqui prevalece a ideia de se apresentar sem competir conforme
festivais. Tudo começou quando sugerimos no O IMPARCIAL de 11.09.2001 e às
páginas 112 do meu livro CRÔNICAS & CAUSOS um encontro mensal de
seresteiros com a mesma finalidade. O Helinho abraçou a ideia e a introduziu na
Feira de Hortigranjeiros no Parque
de Exposições que posteriormente foi transferida para o local atual, muito mais
apropriado. Aqui ouvimos melodias maravilhosas interpretadas magnificamente
pelos meus particulares amigos Helinho Gomes e Germano Fávero que projetou o
logotipo da feira juntamente com meu filho Eduardo. Cito apenas alguns nomes
dos quais estou me lembrando agora que nos brindaram com sua arte musical: Luan
Silva (guarde este nome – grande músico), Henrique sua esposa Débora e a filha
do casal Ludmila (9 anos) acabei de vê-los agora, Henrique Filho, Marcelo
Serafim, Júnior Violeiro, Antônio Cassiano (92), Rafael (violão), André Sanfoneiro,
João Campos sanfoneiro,Vitor percussão, Tábada percussão, Jadinho Vibration, Abiron
Martins (chocalho), Família Nunes, Chico Rozado e Ramon Rozado de Viçosa,
Chiquinho (teclado e violão), Zé Luís do teclado, Célio & Hélio (percussão),
Gustavo Franco, João Parassol, Henriquinho. Já presenciei uma apresentação de
Capoeira do grupo do América e apresentação de MARACATU por alunos do IF
(Instituto Federal de Rio Pomba) com pessoas de diversos lugares: Victor,
Carolina, Pedro, Thaís, Amanda, Ivan, Mariana, Tábada, Héder,
Estamos na época de luzes e novidades. Este
local pode se revelar como um cenário de metáforas do progresso e o berço de
ideias.
Novos
talentos estão aparecendo. Um digno "sarau" diurno e ao ar
livre. É a candura “mineirês” de nossas manhãs de sábado. São encontros
e reencontros embalados em abraços, prosas e versos de muitos amigos que há
tempos não se viam.
Nos
SHOWs, raramente a gente vê o melhor samba
de raiz. A verdadeira música sertaneja é a mais cantada porque é mais própria
para o local e para uma melhor integração entre os participantes, da
agricultura familiar que se vê em cada barraquinha de nossas comunidades rurais: Vogados, Bom
Jardim, Granatos, Igrejinha, Monte Alegre, Serrinha, Barras e outras... Pessoas
prestigiando e se deliciando com um frango assado, com um pão com linguiça,
pães de queijo, pastel com caldo de cana, açaí (Jussara da região), bananas, ovos,
queijos, frutas, legumes e verduras várias, frangos caipiras e outros nem tanto. É um local com
papos e projetos, sempre voltados para o bem-querer do
rio-pombense.
Este
evento valoriza a agricultura familiar e estimula a produção de hortigranjeiros
na região. Produzir alimento é vocação. Quando vemos uma família
bem sucedida no meio rural é porque está feliz. E, para estar feliz, é preciso
políticas públicas que incentivem cada vez mais a permanência do homem no campo
e a produção de alimentos. A comercialização é feita pelos próprios produtores.
Daqui
do meu terraço fico sempre esperando a Feira. Penso: não importa a feira: segunda-feira,
terça-feira, quarta-feira, quinta e sexta feira. A Feira mesmo é a do sábado:
Sábado, Feira.
No
Sábado-Feira cozinho no meu terraço embalado nas músicas da Feira e dos
pássaros. É mole?
Aquele
espaço pra mim é uma área de turismo de Rio Pomba onde integra natureza e história, eventos e celebridades, para atrair visitantes
e abrir novas opções de desenvolvimento. Hospitalidade
de um povo simples transforma o trabalho em divertimento, cultura e lazer.
Esta feira já é um pedaço de mim. Acho aquela música e aquela zueira do
sábado de manhã o máximo, minha alma está precisando de calor. Esta feira é uma
micro poesia. Lá tem sabor das coisas da roça, cheiro de passarinho. Não é o dessabor de tudo faltar e sim a certeza de
tudo encontrar.
Estamos livres da rotina dos crachás, pois a Feira é livre. Esses homens
têm a liberdade de um deitar distraído e sereno todos os dias da semana na roça
para nos deleitar em harmonia e sabores todos sábados na cidade debaixo do
nosso nariz bem do nosso lado. Que beleza!
Agora estou aqui na porta do meu escritório onde vejo pombas rolas, saíras,
sanhaços, beija-flores, sabiás laranjeira, canarinhos da terra, bem-te-vis se
banhando no bebedouro e piscininha de pedra, nos intervalos do badalar dos
sinos da Igreja Matriz e das músicas da Feira. Estão compondo novas melodias e
afiando seus bicos para conquistar o amor de seus pares, enquanto os músicos da
Feira afinam seus instrumentos para nos conquistarem.
Tudo é belo e divino
e merecedor de todos os aplausos.
Aqui é o palco dos meus sentimentos,
ouvindo as músicas da Feira e retratando minhas emoções para sua reflexão.
Dando rédeas à imaginação, sonhando, vivendo, poetizando. A poesia faz parte da
vida. Quem não sabe sonhar não sabe viver. Estou dedilhando no teclado, meus
pensamentos, embora não seja equilibrista, tento manter-me firme nessa louca
dança da vida. Meu coração precisa de frases.
Meus abraços não perderam suas sentelhas amorosas e nem minhas palavras sua
essência poética. Sinto nesses ares de agora uma espécie de tesão pelas
palavras. Meus olhos comungam com as gotas de água que se esparramam pelas
faces das folhas das hortaliças da minha
horta beeeem do meu lado... As pessoas costumam me perguntar: quem eu sou? E a
resposta é: sei lá, sei lá! Mas, se eu lhes disser quem sou, podem não gosta e
isto é tudo o que tenho. Sou tantas coisas que não consigo explicar. Acho que
sou sonho...
Esta feira nasceu pequenina. Ela é igual a água que nasce gota de orvalho
ou de neblina. Elas todas têm sua infância, sua adolecência e sonhos e sua
maturidade virá com o tempo.
Bendita seja
nossa Feira Musical. Ela é Hortishow ...