quarta-feira, 20 de novembro de 2013

- Seria o Brasil do Robinho ou do Roubinho? III


               Seria o Brasil do Robinho ou do Roubinho? III

 


Enquanto o Robinho entra no campo e ganha porque agora é mais equilibrado e experiente, o Roubinho continua ganhando no campo desmatando, roubando dinheiro público até de cestas básicas e recebendo mensalões e propinas de empresários paulistas. Esses auditores fiscais da prefeitura paulistana, uma vergonha! Desses fomos obrigados e pedir quebra do sigilo fiscal e bancário. Essa quadrilha está sendo desbaratada. Enquanto isso, o Robinho entra na igreja porque viu o cartaz: “se você está cansado de pecar, entre”. O outro, ou seja o Roubinho, escreveu debaixo do cartaz: “se não estiver, ligue: Deputado X + Y do mensalão ou auditor da prefeitura de São Paulo nº 9915.6874. Um com um ótimo banco do reservas, outro com ótimas reservas no banco. Um jogando no Milan da Itália, o outro jogando nos bancos da Suíça. Um joga bola o outro pega bola. São esquemas de corrupção por todos os lados. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, São Judas Tadeu e todos os Santos, amém!
Não me preocupo com você que vê esses problemas, me preocupo com você que não os vê. Às vezes fico pensando: quando um cara não tem assunto ele fica com esses disse e disse ainda mais. Uma crônica com falta de assunto é uma tradição nacional, assim como o Robinho também o é. Penso até que algum cronista deveria se valer de um cardápio de assuntos. O meu cardápio vem do dia-a-dia, do quotidiano, da realidade. Se você não está gostando, está com o saco cheio dessa crônica, paciência! Ainda bem que não sou eu o leitor. Kkkkkk! Dos males o menor, ainda bem que sobrou você para me ler.
Porque estou falando disso agora? Justamente porque o nosso ídolo Robinho deve ser admirado, não só porque deve participar da COPA 2014 e pra mim deve ser titular. Quando um pobre rouba um pão é chamado de ladrão, quando um rico rouba é chamado de esperto... Oh la la la, c “est magnifique!!! Parece-me que o  Felipão vai convocar esta realidade brasileira respeitada na Europa, o Robinho. Pode ser que ele tenha pensado: aqui no Brasil temos que ganhar essa copa e a melhor maneira de não cair no precipício é dar um passo atrás. Penso que qualquer idiota é capaz de pintar um quadro, mas somente um gênio é capaz de vendê-lo. Por isso vamos curtir nosso gênios, e o Robinho é um deles. Penso que ainda poderei ver de novo: pedala Robinho, pra cima deles Robinho. Ainda bem que não é do  Rubinho nem o Roubinho.
Gostei muito dessa vitória de 2 X 1 sobre o Chile. Robinho marca e Brasil encerra 2013 com nova vitória, desta vez em TORONTO no Canadá onde estava fazendo 22° dentro do estádio e Menos 3° do lado de fora. É mole?

Tomara que o Flamengo repatrie o Júlio César e o Robinho, Tá na moda mesmo!

 

terça-feira, 19 de novembro de 2013

- Nossos pequeninos no América



              Nossos pequeninos no América
                                                                                                                          12.05.2013                                                                                                                                                                                                     
Futebol de Salão – Futsal


Pequena história

O Futebol de Salão é, praticamente, o futebol adaptado para prática em uma quadra esportiva por times de apenas 5 jogadores. Esse esporte cativa e impressiona pela sua grandeza, por isso é o mais praticado do Brasil, superando o futebol de campo que ainda assim é o mais popular. No meu tempo, esse esporte inventado pelos Uruguaios por volta de 1934, tomou vida no Brasil logo no começo e posteriormente em toda a América do Sul e agora em todo o mundo. Era regulamentado pela  Federação Internacional de Futebol de Salão ou futsal de quadra conhecida como futebol de salão-FIFUSA, posteriormente assumido e regulamentado, também, pela FIFA. Hoje o termo Futsal denomina a prática do esporte nas duas versões. A respeito das divergências históricas, futebol de salão e futsal são tecnicamente o mesmo esporte. As regras ao longo do tempo são constantemente alteradas, inclusive o tamanho do campo e da bola e  seu peso. Adquiriu maior semelhança com o futebol de campo e ganhou maior dinâmica com novas regras que o tornaram mais ágil como o goleiro linha, por exemplo. Dos 10 campeonatos mundiais o Brasil venceu sete nos tempos do Manoel Tobias, o craque artilheiro e do Falcão malabarista não menos artilheiro. A Espanha teve duas vitórias e o Paraguai uma. A FIFUSA organizou os três primeiros campeonatos mundiais e os restantes, a FIFA.

A "bola pesada" acabou por se tornar uma das mais interessantes características originais do futebol de salão. Em 1957 surgiu a primeira iniciativa de se uniformizarem as regras do esporte, através da criação do Conselho Técnico de Assessores de Futebol de Salão, por Sylvio Pacheco, então presidente da Confederação Brasileira de Desportes (CBD). Em 1959 eu me mudei para Belo Horizonte e cheguei a praticar o esporte no time titular do CRUZEIRO disputando o Campeonato Mineiro. Não valia gol de dentro da área, não valia gool de cabeça, a bola não poderia ser arremessada pelo goleiro além do seu campo, não havia o goleiro linha, situação  alterada para melhor - recentemente pela FIFA - etc. etc.. O esporte rapidamente adquiria crescente popularidade em todo o país. Aí me mudei para Rio Pomba e vim trabalhar no Banco do Brasil onde me aposentei. Na época fomos campeões pelo América em um torneio regional. Nosso saudoso time: Marcinho sobrinho  da Carminha do Totõe Cassiano de 92 anos que ainda toca sanfona na nossa Feira Musical (aqui é o Cassiano Quesivira), Jarbinhas do Sô Lino Serpa, Henrique (do Sr. Abelardo), Antônio Fábio, Franklin do Dr. Zé Reis, Wanderlei Arantes e Zé Henrique dentista. Posteriomente continuamos com o time do Banco do Brasil: Wálter Coutinho, Casé, Hervé, Antônio Fábio, Chico Caiafa, Damião de Paula, Mauríco Senra e o Luís Gonzaga. Nosso time era muito bom e não perdíamos fácil não. Bons tempos aqueles!
Agora, nossos pequeninos do futsal do Amèrica:

Atletas da manhã: Sub 6: Fabinho Quintão (meu neto), Gabriel Gonçalves,  Emanuel Nunes, Thiago Gravina, João Pedro, Henrique Castro, Murilo, Miguel Lavorato, Eduardo Reis, Euler Barreto, Yudi Bomtempo, João Vitor, Kauan, Romeu Neto, Heitor da Mota. Sub l0 e 12: Luís Paulo, João Vitor, Eduardo, Denis Magno, Elói Grossi, Diogo, Juan Trajano, Matheus Nascimento.

Atletas da tarde Sub 12 e sub 10: Aiko Bomtempo, Luís Eduardo Malta, Hélder Júnior, Henrique Vidigal, Pedro Araújo, Pedro Costa, Rafael Santini, Richeli, Daniel Júnior, Talbert Salgado, Vitor Araújo, Vitor Silveira, Vitor Gomes, João Carlos, João Lucas Gonçalves, João Pedro, Matheus Vilela, Alex Abida, Juan Carlos, Jean Ferreira, Alonso Dalmoro, Fernando Dalmoro, Diogo Rodrigues, Matheus Rodrigues, Renan Franco, Eduardo Majeste, Caetano Ferreira, Caio Fófano, Gustavo Canônico, Hugo Ferreira, Igor do Carmo, João Ivo, João Pedro Pacheco, Luís Felipe Assunção, Erick Faria,  Yuri Fernando, Tel, Davi, Wilson Demolinari, Jean Afonso, Rai, Igor Lima, Heitor, Luís Felipe, Arthur, Gustavo Campos, Brian, Rafael, Vitor da Costa, Vitor Líbero, Hugo Amaral, Eduardo Andrade, Marco Polo e Rooney Soares.

Vejo, com alegria, agora uma nova safra de CRAQUES MIRINS-INFANTIS que estão sendo formados no AMÉRICA com a competente comissão técnica: Diego Ferreira,  Fábio Soares,  e Glawber. Estou de olho para saber se o trabalho vai continuar sendo desenvolvido de forma coerente com a faixa etária de maneira adequada, respeitando a individualidade das crianças, independentemente dos interesses do América e dos professores. Estamos atentos, também, a sinais de comportamento verbal (palavras e frases) e do comportamento não-verbal (gestos e movimentos) durante a preparação. Aprendi que essas crianças não devem competir com menos de 10 anos (salvo melhor juízo - smj) porque não têm ainda amadurecimento motor, entre outras coisas. Penso que está tudo nos conformes.

Toda quarta e sexta às 8 horas levo meu neto FABINHO (6 anos) para treinar. É uma satisfação e um orgulho muito grande pra mim. Nossos times de Futsal do América, sábado passado, ganharam de balaiada de três times de Barbacena. Não se encantar com o esporte é pior do que dirigir  camionete e passar o sábado mudando canal de controle remoto de TV. Em suma, estamos dando uma oportunidade muito boa para os nossos jovens. O futebol é uma linguagem universal de milhões de crianças no mundo. Penso que estes jogos no América não são um privilégio das nossas crianças, mas sim um direito fundamental delas. O denominador comum é a bola lá na quadra do América, o respeito, o aprendizado, um lugar no qual os meninos brincam numa quadra ao invés de brincar nas ruas e locais abandonados. Isto é bom. A dedicação é cada vez maior talvez, mirando-se em Neymares.

Na etapa de crescimento, as crianças desenvolvem condições ideais para treinar habilidade. A partir dos 5 anos de idade, a maioria das crianças está preparada para dar seus primeiro passos no futebol. Adaptam-se aos movimentos e podem apresentar melhor coordenação. Bem controlada e adequada como está esta preparação no Formigão, este esporte pode contribuir com grandes benefícios para nossos pequeninos: aumento da potência muscular das pernas, melhora da capacidade cardiovascular, o estímulo da coordenação motora, a visão periférica, melhora da capacidade cardiorrespiratória, do tônus, do equilíbrio, da agilidade, da força, da velocidade; desenvolve habilidades psicomotoras como a lateralidade, a percepção tátil, auditiva e visual, a noção espacial, temporal e de ritmo, a sociabilidade e a autoconfiança,

A criança aprimora a inteligência, a memória e a disciplina. Este esporte pode levar nossos filhos e netos ao pódio, levá-los a entender que na vida há perdas e ganhos, vai entender que tem que ser menos egoísta e mais perseverante, mais dedicado. Este esporte é um aliado dos pais na educação de seus filhos. É mole?   Além disso, o futebol sociabiliza as crianças, e as insere no gratificante trabalho em equipe. Alguns psicólogos afirmam que o futebol é uma boa ferramenta para afastar os mais jovens das tentações das drogas, da violência e do álcool.

Penso que dentro de pouco tempo o rio-pombense não se manterá resistente aos encantos deste jogo


Capoeira                                                   22.10.20123                                                                                                                                                          


Por que levei meu neto Fabinho (6 anos) para jogar Capoeira no América? Porque a Capoeira ensina obediência e disciplina, desenvolve valores relacionados à justiça, bom senso, colaboração, respeito, entre outros, além de ajudar no porte físico. Seu corpo aprende a necessidade de agir, o equilíbrio, assim como as noções de espaço, tempo, ritmo, mas não é só o corpo que leva vantagens. O lado emocional também ganha muito com a capoeira, principalmente porque ela ajuda a liberar a agressividade, ainda que o esporte não estimule a violência. Além disso, é um meio excepcional de desenvolver a criatividade e o autocontrole. Tudo isso com instrutores: o Graduado Marquinho e as duas belas monitoras Mayra e Rosana. Todos  esbanjam sabedoria e  dignidade.

Os participantes: Erik Lamas, Gustavo Gomes,Gabriel de Oliveira, Gabriela de Amorin, Gabriel Bomtempo, Gabriel Teixeira, Gustavo Campos, Gabriel Machado, Maycon Araújo, Richard Pinto, Renan Gomes, Reiges Oliveira, Romerito Costa, Clara Ronzani,  Diogo Ferreira, Dione Coelho, João Gabriel, Joseph Costa, Júlia Lopes, José Corrêa, Vinícius Vaz, Victor Reis, Ailton Dias, Estéfani Olmi, Hugo Canala, Tiago Venâncio, Sabina Lopes, Victor Olmi, Heitor Dias, Lara Reis, Luís Guilherme Freitas e Lucas.
A Capoeira é uma  expressão cultural brasileira que mistura arte-marcial, esporte, cultura popular e música. Meu neto Fabinho tem musicalidade e expressão corporal, elementos essenciais na capoeira e é acrobático apesar dos seus 5 anos. Lá no América a meninada está aprendendo a tocar os instrumentos e o bater palmas. Acho isso muito importante.

Hoje em dia, a capoeira se tornou não apenas uma arte ou um aspecto cultural, mas uma verdadeira exportadora da cultura brasileira para o exterior. Isto por si só já justificava meu neto no América.

Na capoeira a malandragem está sempre presente. A ginga evoluiu até se tornar uma estratégia de combate. Temos a roda de capoeira, o apelido, a música, o batizado, as canções, a dança e os golpes.

Atualmente a Capoeira é patrimônio Cultural Imaterial do Brasil e fonte de orgulho para o nosso povo.


sábado, 2 de novembro de 2013

- Sobre o livro do Sildo: OUTRO LUGAR DO MUNDO


     Sobre o livro do Sildo: OUTRO LUGAR DO MUNDO

                                                                                                                                31.10.2013                                                                                                                                                                                                                                                               
 
 
Muitos leitores meus me afirmaram que meu livro RECEITAS CULTURA HUMOR é o livro de cabeceira deles porque é alegre, divertido e cheio de cultura, pois digo-lhe Sildo, que OUTRO LUGAR DO MUNDO é o meu livro de cabeceira pelas mesmas razões e porque me faz lembrar, como em um túnel do tempo, do  passado e me traz boas recordações e saudades. Que maravilha de livro!

Eu também não gostava de cortar cabelo quando criança, quando os tinha. Também assistia no rádio a novela Jerônimo, o herói do sertão. Até ganhei uma bola de futebol no sorteio por ter declarado que era amigo do Jerônimo (pag32). Já fiz muita Imbrocação com o saudoso Zezinho Tonello (fiz um poema a respeito para meu próximo livro). Já fui assombração na Fazenda São Manoel do vovô Tunico Homem (pag. 286 do meu livro Crônicas e Causos). A Banda de Música Santa Cecília também era a minha fascinação quando criança e continua sendo.

Estou nas asas da imaginação e de boas recordações. Gente do céu, como o tempo passou! Sou do tempo da caneta Parker, da Glostora e do Gumex, do Óleo de Mocotó, da Lambreta, do Pontiac, do Gordini e do Studebaker do Beijo Gaudereto, além do fogão Cosmopolita e da geladeira GE. Do Chico Missunga, Chico Canecão, Zé da Naninha,Bar do Dorce, Rabicate, Casa Vitoriosa, Veludo, Nestor, Romeu Preto, Maria Paca, Pedro Capeta. Agora chegou a vez do nosso NECA. Lembro-me com saudades da Wilson Churrascaria Drink-Bar, do Loreta (o fortão), Vicente Doido (Pioneiro da radiodifusão), Chico Piroca, Caveirinha, Zoberto, João Arrighi, Dona Águida da Churrascaria do Clube dos Trinta (fui eu quem a fez em 1970 – hoje Corujinha). Da Orquestra Copacabana, Ritmos da Noite, camisa Joaquim Rocha, Sebastião Roque e sua sanfona, dos telefonemas de Dona Pasinha e Dica completados somente por elas, inauguração do asfalto (1965),  Sebastião Gravina (meu eterno amigo), Jorge Bomtempo, Chico Futrica, e Lola para encerrar

Que bom saber que não era só eu que recordava, com alegria, da loja do Ruy Santiago e da Esquina da Sorte do Sr. Lincoln Lamas, do Saul de Paula, do Adrianinho Saraiva, do Wilsinho, da Manteiga Uirapuru do saudoso Luizinho Furtado, do Bar Sport (copo sujo) e do trem de ferro (já até falei sobre o trem às pag. 293 do meu livro de Crônicas e Causos).

O mundo das artes também sempre me fascinou. Brincávamos de circo no quintal do Jofre e Dona Pasinha, mas esse do Sildo às pag 38 é de uma criatividade ímpar. Lembro-me quando empurraram o Batuca (Sr. Dimas) jardineiro do Baixio no tanque do jardim.

          Hum! A gente desfilando pelas páginas do OUTRO LUGAR DO MUNDO nos faz  recordar, com muita alegria, da nossa infância também. Você lembra dos discos RCA Vitor, Philips, Continental, Odeon, Copacabana ou Poligran de 78 e 33 rotações? Os aparelhos de televisão eram Semp, Admiral, Colorado, Windsor... Tudo em preto e branco, maravilha, sô! E você lembra se sua mãe costurava numa moderna Singer, Vigorelli ou Elgin? Você se lembra daquelas enceradeiras barulhentas, da cera Parquetina? Você se lembra do sapato CLHARL (é assim mesmo que se escreve?), do VULCABRAS? Hum... E as camisas volta-ao-mundo, das blusas de Ban-lon, das calças de brim-curinga, da saia plissada que parecia abajur? Você se lembra disso? Já viajou pela Varing, já tomou suco de groselha, viram o nascimento do Q-Suco, tomaram Grapete e Crush? Isso a gente fazia no Bar do Telim. Se você não se lembra, então você não é antigo o suficiente. Alguém de vocês conheceu os brinquedos Bambolê, a Pomada Minâncora? Putz, que coisa... Eu ainda tenho uma máquina Remington adquirida naqueles tempos, os mesmos da Kodak e da Polaroid, da Rolleiflex, heim? Você se lembra do cobertor Parahyba, já tomaram Biotônico Fontoura ou chegaram a ver uma propaganda do Sonsiral?

          Sou do tempo em que o Padre Galo de Rio Pomba rezava missa no altar-mor, de costas para os fiéis, falava em latim e as mulheres solteiras comungavam de véu branco e as casadas de véu preto. Naquela época o sermão era feito, muitas vezes, no púlpito. Hum...Que diferença né? Hoje se pega a hóstia na mão e se entra na igreja de havaianas e bermudão. Tempos modernos, né, gente?

E as CHARRETES? Sou do tempo delas.  Recordo-me, com emoção, até daquela que o Hospital possuía e na qual as irmãs vinham no centro para fazer compras... Vou ver se acho uma foto dela. Ela tinha cobertura fixada para se proteger do sol ou da chuva. Interessante!

“FLASHBACK” -   Conjunto Santana, Solfas, The Broths, Conjunto Lafaiete(dancei muito com eles). Grupo Escolar São José, Sá Maria mãe do Zé do Hospital. Muitos casos do Filizzola, da Chácara do Luizinho Furtado com suas alamedas de jabuticabeiras, suas aves e pomar (que saudades dele). Carros alegóricos do Sô Ruy Santiago com a Banda Ases da Folia. O Ipojucan e o Ubiratan Ronzani,  os Blocos Sujo com seus cabos de vassoura. A cadeira cativa da Dona Climene no Cine Prolar onde eu vendia balas na época de  Marlon Brando (tenho um filho chamado Márlon e um neto chamado Brandon). Assisti a inauguração do Cine Prolar em 1952 com a exibição do filme Tico-tico no Fubá. As benzeções da Sá Nica e da Sá Custódia e as peripécias do seu filho Gustim. Do Mimingo do Sô Henrique Saraiva e do Nonô Bolão e seu Cuba Libre. Os carros de boi (eu também já manobrei alguns deles com seu som longo e contínuo que o Delegado proibiu. Os Circos e os cinemas eram nossas atrações, não tínhamos TV. A Praça de Esportes, a pirotecnia do Genaro Mendes nas festas de São Manoel, os bailes do Canela Roxa, quando eu e o Cícero lecionávamos para a Admissão ao Ginásio no prédio de Cine Prolar. As pedideiras de esmolas dos sábados. Já participei muito do pique de meter a vara. Lembro-me muito bem do racismo no Clube dos Trinta, Péricles de Queiroz e sua poliglota irmã Dona Climene, Domingos Vidal e seus papos noturnos e dos picolés do Telim e do Cine Brasil  do Braz Canônico. Lembro-me muito bem dos vários pianos da cidade. Hoje que estão dormindo exceção do piano da Dona Joaninha no comando da amiga Carmem Lúcia.

Margarida Caiafa Moreira – Miss Rio Pomba eu a vi há pouco, bela como sempre. Assisti no Cine Prolar a vedete do Brasil Virgínia Lane (namorada do Presidente Getúlio Vargas), José Vasconcellos e Lùcio Mauro, Altemar Dutra e Cauby Peixoto. Tenho saudades dos desfiles de 7 de setembro de outrora.

Sildo, lembro-me de muitos dos causos que você contou. Eram da minha época, mas somente depois que os contou. Que memória a sua, hein? Acho que você estava sempre trabalhando nesse livro maravilhoso, mesmo quando não estava escrevendo e, agora, fazendo pensar os que podem pensar. Você é um grande escritor, não por ter escolhido escrever o que escreveu, mas pela forma como escreveu, com simplicidade, clareza, conhecimento e um português invejável.

Evoluímos né? Escreva sua história hoje para recordá-la amanhã. Isso o Sildo fez com uma propriedade incomparável.

Bem, vou parar por aqui, com tantas coisas pra mostrar sou capaz de ir indo, ir me entusiasmando e acabar me encontrando com Michelangelo, lá no Renascimento...

OUTRO LUGAR DO MUNDO foi escrito de maneira simples e agradável e com depoimentos de atitudes nobres, com conhecimento de causa por um amigo formado no Conservatório de Música de Juiz de Fora em 1975.

 

 Feliz aquele que tem causos de infância para contar.