domingo, 30 de novembro de 2014

ARACAJU



















Saimos da Rodoviária de Rio Pomba MG, com destino ao Aeroporto Tom Jobim. Chegamos às 6:30 h e embarcamos em voo direto da Gool às 9 h para Aracaju (2 horas de voo). Aracaju não tem horário de verão, o fuso horário foi de 1 hora. Chegamos ao Aquárius Praia Hotel e fomos dormir porque ninguém é de ferro.
A capital Sergipana reúne história, beleza, cultura e diversos pontos turísticos, além de ser muito limpa e bem arborizada, a cidade está entre os destinos no Brasil mais procurados pelos turistas. Centenas de prédios muito bonitos de 10, 15 e 20 andares onde a limpeza e a beleza imperam. Rica em paisagens naturais e pontos turísticos que fascinam os visitantes vindos do mundo inteiro. Seu povo é educado e muito receptivo e foi o ponto certo para nós que buscávamos praia e água de coco, além de cultura e conhecimento, mas nossos adjetivos foram muito além e é isso que você verá nesta crônica.
O nome vem do idioma tupi e é a junção dos termos gûyrá (“pássaro”) e akaîu (“caju”), que significa, “caju de pássaros”. Já tínhamos notícias que essa cidade é tida como a de menor desigualdade do nordeste brasileiro e também como a de melhor qualidade de saúde. Aqui as pessoas costumam exercitar hábitos de vida mais saudáveis, fumam menos que em outras cidades e praticam mais atividade física, um bom exemplo são as ciclovias espalhadas pela cidade. Tudo isso já nos encantou.
Um dos principais cartões postais de Aracaju, é a Orla de Atalaia, onde ficamos hospedados no Aquárius Praia Hotel (4 estrelas) que possui 6km de extensão. Bastante arborizada e com uma excelente infraestrutura, com iluminação, bares, restaurantes, equipamentos de ginástica, banheiros, quadras poliesportivas e ciclovia. Em frente ao nosso hotel localiza-se o Oceanário que acho que deveria se chamar de “Tartarugário” porque o que tem mesmo é tartaruga. Construído e é mantido e administrado pela Fundação Pró-Tamar, através da coordenação regional do Projeto Tamar em Sergipe. Tem área construída de 1.700 m², na forma de uma tartaruga gigante, com a cobertura em eucalipto e piaçava. É um dos atrativos turísticos de Aracaju, destacando-se na moderna e revitalizada Orla de Atalaia, entre espelhos d’água com pontes, calçadão, ciclovia e espaço para exposições, shows e esportes aquáticos. Para nós, no entanto, que vimos o Oceanário das Bahamas (2 km por cima e por debaixo da terra) e o melhor da Europa: o de Lisboa, não vai se encantar fácilmente com outros.
Do nosso hotel a gente ia a pé até o Centro Cultural e Arte onde compramos alguns artesanatos. No final da Praia de Atalaia, na Avenida Santos Dumont onde à noite se transformava em pista de corrida, está a Passarela do Caranguejo, que reúne diversos bares e restaurantes que oferecem todo o sabor da gastronomia aracajuense, marcada pelo seu principal prato, o caranguejo (vide foto), além de outros pratos regionais como a carne de sol, pirão de leite e outros frutos do mar.
Aracaju é terra dos coqueirais, manguezais, praias e muito sol, é também a terra do forró, do baião e das festas juninas, que retratam o regionalismo do Estado. Festas como o Pré Caju, que antecede todos os anos o carnaval e o Forró Caju, que acontece na segunda quinzena do mês de junho, marcam o calendário de festividades de Aracaju e atraem milhares de visitantes.
Outros pontos turísticos da cidade que visitamos foram: Centro Histórico – marcado pelos casarões antigos e o Mercado Municipal. Quando vou a um lugar assim não deixo de visitar seu Mercado Municipal. Isso é uma tarefa obrigatória para quem quer de fato conhecer qualquer cidade. Já fui até fiscal do Mercado Central de BH, visitei o Mercando Central de Fortaleza (uma maravilha), o de Porto Alegre o de Natal e agora esse de Aracaju. No mercado você encontra de tudo, desde os mais variados tipos de pimenta e frutas a um elaborado artesanato local, que por sinal é lindo. Os preços também variam, por isso é importante primeiro caminhar, desbravar o lugar e só depois efetuar as compras.
Demos um pulinho até as cidades históricas de Laranjeiras e São Cristóvão e logo em seguida a Colina de Santo Antônio de onde se avista, do alto, grande parte da cidade. De lá fomos até o Teleférico que está situado no Parque de onde foi possível ter, também, uma visão privilegiada da cidade, mas principalmente dos animais do zoológico que o parque também abriga em meio a mata Atlântica de onde vimos por cima.
Como disse: não se descreve Aracaju numa canetada. Já falamos do Cânion do São Francisco, de Mangue Seco do Parque dos Falcões e agora  propriamente  da capital  onde o que não falta é diversão e laser. Por isso fomos conhecer suas belas e  fascinantes práias e pontos turísticos como a Praia do Saco com água morna, areia bem fina, ornamentada por um belo coqueiral, Croa do Goré bela ilha com bancos de areia branca (Goré é aquele mini carangueijo que se enfia debaixo da terra quando andamos pelo mangue. Praia do Robalo uma das praias mais badaladas da região, com várias opções de barracas e restaurantes e Praia de Aruana. As práias de lá têm uma grande extenção de areia até chegar à água.
O Museu da Gente Sergipana merece um destaque especial. Foi projetado por Marcello Dantas, o mesmo que projetou o Museu da Língua Portuguesa em São Paulo. O acervo do Museu da Gente Sergipana guarda obras que mostra de forma eternizada a cultura e os costumes dessa terra maravilhosa “aonde o sol vem trazer a todas as manhãs a sua bela face e resiste quase que constantemente em trocar de posto com a lua”. A arquitetura do Museu é belíssima (vide fotos). Foi inaugurado em 26.novembro.2001. É um museu tecnológico voltado para expor o acervo do patrimônio Cultural material e imaterial do Estado de Sergipe. Vale a pena visitar.

Para fechar com chave de ouro, fomos convidados para almoçar no domingo por um casal, ela “Rita” irmã da Ivanilde esposa do Pedro Quintão (Cubatão) irmão da minha esposa e ele “Carlinhos”, sergipanos da Gema e muito simpáticos. O local escolhido foi o Restaurante NEW HAKATA na Av. Beira Mar – Bairro 13 de Julho. Restaurante com atendimento e serviços de primeira com educação, simpatia e postura, sabor e aparência de peixe grelhado, purê de batatas e salada comparáveis aos dos melhores do ramo, higiene impecável, preço desconhecido: ele pagou a conta.

sábado, 22 de novembro de 2014

Mangue Seco

                                                                                19.11.2014













Saimos, Fernandina e eu em direção ao Mangue Seco distante 64 km do meu hotel (Aquários Praia Hotel) em Aracaju.
Estou fazendo um pequeno relato mais em forma de imagens auto-explicativas. Porque fui lá? Porque queria conferir  tudo o que se dizia do local. Mangue Seco é uma pequena vila de pescadores em Jandaíra, no extremo norte da Bahia fazendo divisa com Sergipe. Um lugar  belo e aconhegante, muito bom para  quem  quer descançar e apreciar sua natureza pródiga, região cortada  por rios, clima pitoresco e  rústico e que nos fascina. Seus 30 km de extenção e suas areias finas tornam o lugar de caracteristicas singulares. Sua população não ultrapassa a 200 habitantes. Até então sua beleza era  somente retratada na novela Tieta da TV Globo, inspirada no romance Tieta do Agreste de Jorge Amado e no filme dirigido por Cacá Diegues e agora, também, pelos meus cliques.
Saindo de Aracaju e chegando lá, atravessamos (umas 20 pessoas) numa escuna de Porto do Mato, pelo rio Real até o vilarejo de Mangue Seco (40 minutos). A travessia foi musical. Dançamos muito e até experimentei  a  moquequinha de folha (comida típica) de carne de aratu cozida e desfiada, temperada com cominho, coentro e pimentão e embalada em folhas de palmeira de licuri  (vide foto). Depois de ir para a brasa, a folha fica levemente tostada e seu recheio ganha um suave sabor defumado. O crustáceo avermelhado entra na composição de casquinhas, moquecas e ensopados.
A dificuldade do acesso, praticamente por barco, através do Rio Real, é o que torna Mangue Seco mais atraente e a mantém naturalmente rústica. As poucas ruas são cobertas de areia fina e macia. Por toda a margem, espalham-se umas poucas pousadas, bares, restaurantes e casas de pescadores, criando uma pequena  estrutura de apoio para os turistas.
Quem fica na vila precisa caminhar para chegar até o mar, pelas dunas ou acompanhando a margem do rio.  Pegamos um bugre, um passeio emocionante e o mais badalado atrativo do local (veja as imagens). Passamos pelas dunas que são estonteantes e comparáveis as de Cumbuco, Jeriquaquara e Morro Branco do Ceará, Jenipabu de Natal e Marapé de Maceió. ETA nordeste porreta, sô! Estas dunas de Mangue Seco serviram para imagens das filmagens. Após muitas  emoções de sobe  e desce e parar em pontos estratégicos para fotos,  chegamos a  praia para nos refrescarmos  e a um restaurante a beira mar. Comprei alguns artesanatos e não conseguimos almoçar porque a higiene deixa muito a desejar e o atendimento também não são lá essas coisas, diferentemente de Aracaju.

Assim como em Cabo Frio, o menor dos grãos de areia também faz parte das práias de Mangue Seco. Sempre acho mais valioso ter o respeito das pessoas por dize-lhes a verdade, a não fazê-lo para ter sua admiração.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Parque dos Falcões

                                                                Antônio Fábio – 13.11.2014
Como disse, falar sobre as belezas naturais de Sergipe, sobre a capital  Aracaju e adjacências, não se faz numa pincelada.
Saimos em carro particular, com visita agendada para visitar este parque, único local do país com autorização do Ibama para criação de aves de rapina. História e cultura nos esperavam. Veja pelas  fotos. O parque se situa no município de Itabaiana a 60 km do nosso hotel AQUÁRIOS da capital. Foi criado em 2000. Localiza-se no pé da Serra de Itabaiana  e é de propriedade particular de José Percílio,  pessoa humilde e autodidata. Apredeu tudo sozinho, contando apenas com a cumplicidade e parceria de Alexandre Correia, dois sonhadores. Alexandre é um expert em aves de rapina e  outros bichos, fala muito bem e sabe tudo do assunto. Percílio já se apresentou em vários programs  de TV, tais como Ana Maria Braga, programa do Gugu, Domingão do Faustão, além de vários jornais em nível nacional e internacional e me confidenciou que está gravando um programa da Xuxa e um filme produzido no Japão. Somente isso seria muito gratificante conhecer o local e dividir com você toda essa  experiência.
Ouvimos muitas admiráveis hitórias lá. Você não deve perder esse passeio, ele já é muito conhecido por turistas, estudantes, biólogos e pesquisadores brasileiros e estrangeiros.
Lá você encontra mais de 300 aves, entre gaviões, corujas, socós-boi, pombos, e muitos outros animais.
Muitas aves de rapina foram salvas por eles e quando têm condições  de voltar à natureza eles tratam de fazer isso. O céu e as florestas  do nosso país só têm que agradecer. Eles conhecem tudo sobre o comportamento das aves. Todos os meses, o Instituto recebe  através do IBAMA, da Polícia ambientral e do corpo de Bombeiros, aves maltratadas, machucadas ou mutiladas pela ação humana, que parece  satisfazer-se com o sofrimento desses  e de muitos animais.
O Parque dos Falcões, que é agora mantido por uma ONG e taxa de visitas, está aberto todos os dias da semana e lá se pode fazer também passeios orientados  pelas trilhas da Serra. Se fosse para escrever sobre tudo que vi lá, teria que escrever um livro inteiro, aí pensei: as fotos falam muito alto, vamos a elas.
www.parquedosfalcoes.com.br/ - Email: parquedosfalcoes.com.br

Vamos interagir visitando meu blog:    afabiobrasil.blogspot.com


“Eu não invento, só olho por detrás do que já existe”. (José Saramago)
Antônio Fábio

Fernandina















quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Cânion do Xingó (rio São Francisco)

                                                                   12.11.2014 – Antônio Fábio


A tonalidade  das  águas é natural. Não é photoshop
Restaurante Karrancas com prainha e tudo o mais...
Estamos nessa!
Fernandina e Antônio Fábio 
Velho Chico
No Catamarã

Fernandina e Antônio Fábio

Fernandina e Antônio Fábio

Fernandina e Antônio Fábio
Porto de Brogodó


Região rica em recursos hídricos, paredões de rocha encantadores. O Cãnion do Xingó surgiu após o represamento do rio São Francisco em 1994, na divisa entre Alagoas e Sergipe.
É um lugar onde você não deve deixar de conhecer. Foi um dos passeios mais bonitos que fiz. É emocionante, encantador e paradisíaco.
A Usina Hidrelétrica de Xingó está localizada entre os estados de Alagoas e Sergipe, situando-se a 12 quilômetros do município de Piranhas e a 6 quilômetros do município de Canindé de São Francisco, 290 km de Maceió e 210 de  Aracaju.
Você está lendo informações inusitadas captadas pela minha memória e minha câmera fotográfica, no passeio que fiz com minha querida esposa, em novembro 2014.
Há menos de 20 anos, esta região – hoje alagada – era coberta pela caatinga e o rio que circundava Canindé, praticamente seco! Com o represamento das águas, o leito do São Francisco subiu quase 100 metros e o topo das montanhas acabaram formando o... Cânion do Xingó. (Algumas cenas da novela da Globo Cordel Encantado foram feitas nesse local).
Chegando em Canindé o local de embarque é bastante estruturado com restaurantes, banheiros (limpos) e funcionários atenciosos. Embarcamos num catamarã confortável com tripulação animada e tudo muito organizado. São três horas de passeio na parte represada do Rio São Francisco. Uma hora pra ir e uma pra voltar e mais uma de parada para banho em um belo local, conhecido como Paraíso do Talhado – Porto de Brogodó - com direito a mergulho nas águas verdes e cristalinas do Velho Chico. Barquinhos levam ao miolo dos cânions, onde as embarcações de maior porte não conseguem entrar.
Este é um passeio maravilhoso e animadíssimo, tivemos um dia especial e gratificante. Sem dúvida é o melhor passeio de Sergipe! A viagem sempre com muita música, animação, paisagens belíssimas e espetinhos deliciosos! Logo após alguns minutos de navegação pelas águas verdejantes do Rio São Francisco, começam a surgir os primeiros Cânions, verdadeiras obras de arte esculpidas pela natureza. Após a belíssima navegação, chega-se ao ponto de apoio, onde durante 1 hora, é possível mergulhar no rio, ou apenas contemplar beleza incomparável. Existe a opção de passear de barco entre os Cânions, onde o Catamarã não pode ir. No retorno, a maioria dos visitantes almoça em um restaurante chamado Karrancas que é a única opção do local. Para quem não quiser almoçar (buffet) é possível pedir petiscos. Indico o espetinho de tilápia, uma delícia!!!
            Fui pela empresa CristalTur o passeio custou R$ 130,00 e o veículo condutor foi uma van Mercedes muito confortável com poltronas  reclináveis e tudo o mais.
Quando estive em Maceió não fiz esse passeio, deixando-o para Aracaju e não me arrependi. Sempre foi meu sonho conhecer nooooossso Cânion! A tonalidade que você está vendo nessas fotos são naturais captadas pela minha câmera. Não é photoshop.
Saindo de Aracaju nos deparamos com belas paisagens ao passar  por pequenas cidades onde se contempla a fé do povo sertanejo, vimos imagens de santos em todas elas e nos  paredões  rochosos do Cânion também.
Para você que optar a ir de carro fique a dica: os catamarãs saem do restaurante Karrancas, onde se paga um buffet liberado no valor de 30,00, a comida é muito boa. Só de ir até o Karrancas, já é maravilhoso, da pra tomar banho, é como se fosse uma praia! Não perca! É um passeio mágico!

Você tem belos motivos para viajar até os Cânions do São Francisco: Diversidade geológica, história, culinária... e Beleza Natural Única.
vISTA PARCIAL DO BARRAGEM DA uSINA HIDRELÉTRICA  DO XINGÓ