Dando sequência ao que me propus escrever sobre nossas
bodas de ouro, neste 3° Capítulo falamos
sobre o Rio de Janeiro já que Márlon e família iriam embarcar para os States na
terça-feira (30,05.2017). Eles resolveram fazer o bota-fora no Rio porque o Márlon morou e trabalhou lá e porque é a
Cidade Maravilhosa. Chegamos no domingo e voltamos na quarta. Ficamos no Rio Othon Palace Hotel de Copacabana onde
sempre ficamos hospedados. Tudo de bom em frente à praia de Copacabana. Um charme de hotel que já conhecemos de longa data.
Importante é que os restaurantes do lado do hotel são fantásticos. Filé de
Badejo e Linguado, me acompanharam e os irmãos Walmir e Wanusa daqui de Rio
Pomba, também. O Walmir, que visitou o Márlon nos Estados Unidos há pouco tempo
saiu com ele para mostrar um novo Rio e acompanhar-nos em noitadas
gastronômicas. Muito bom.
Já conhecíamos o Cristo, o Pão de Açúcar, o Maracanã, o morro
Dos irmãos, o calçadão de Copacabana, a vida noturno da Lapa e muito mais,
agora chegou a vez do Museu do Amanhã. Antes de tudo, algumas considerações que percebi do Museu
do Amanhã: funciona como um monumento; é o ponto focal da nova Praça Mauá, que
passou décadas escondida atrás do viaduto da Perimetral, demolido em abril de
2014. Juntamente com o vizinho MAR, o Museu do Amanhã serviu como
ponta-de-lança do projeto de revitalização da zona portuária carioca. Desde a
Olimpíada, com a entrada em funcionamento do VLT e a abertura do último trecho
da Orla Conde, a região se tornou o xodó de cariocas e visitantes.
Rio Othon Palace Hotel |
Nosso café da manhã ou Blackfast para os americanos que estavam conosco era coisa de cinema com vista para o mar de Copacabana. |
Piscina térmica no 30° andar do hotel |
O dia estava com cerração nem se via o Cristo. Os voos do aeroporto Santos Dumont estavam cancelados naquele momento |
Fernandina, você tem a graça de pantera, O andar bem comportado de menina, O molejo em que vem sempre se espera, Que de repente me salda em cima. |
Ficar na beirinha da praia de Copacabana interagindo com os ambulantes africanos e cariocas e vendo a mulherada é muito bom |
O amor que sentimos por um filho e um neto é maior de todos os amores que encontramos durante avida a fora, maior que tudo. |
Morena Flor Me dê um cheirinho, um denguinho Como diz o Toquinho |
30° andar do Rio Othon Pálace A regra de ouro significa, substancialmente, fazer aos outros apenas aquilo que desejamos que os outros nos fizessem, se estivessem em nossa situação. |
Por dentro, o Museu do Amanhã é uma mega-instalação sobre a
trajetória do planeta. À diferença de um museu de arte, o acervo aqui é de
informações. A arte está na maneira em que essas informações são dispostas e
oferecidas ao visitante.
Os caçadores de obras de arte como eu dentro desse museu de
ciências terão três momentos de contemplação: o globo de Cosmos, onde é feita uma projeção
em 360º do filme sobre a formação do universo,
a escultura cinética (dois panos que dançam no ar) de Daniel Wurzel, no
cubo Matéria, o
churinga, peça aborígene que simboliza a transmissão de conhecimento entre
gerações, dentro da oca-casulo. Gostei muito. Tudo me fez lembrar de Inhotim o
maior museu a céu aberto das Américas e perto de Rio Pomba.
Do lado de fora, uma
escultura do
renomado artista norte-americano Frank Stella chamada Porto
Maravilha que o museu recebeu em 2015, como doação
antes de sua inauguração. O trabalho consiste de uma estrela de vinte pontas e
seis metros de diâmetro que foi instalado no espelho d’água do museu, em frente
à Baía de Guanabara. Já estava anoitecendo e não vi com clareza essa
escultura metálica. Antes da doação para acervo permanente a céu aberto do museu,
esteve em exposição na cidade de Nova York. Tudo isso é história que gosto
de saber.
A derrubada da Perimetral valorizou a área
central e portuária do Rio que aprendi a apreciar na adolescência. Arejou a
Praça XV, expôs os seus monumentos como o chafariz do Valentin, o Paço
Imperial, Arco dos Teles e outros. Abriu espaço para a pedestre tendência
mundial de humanização dos espaços urbanos.
Em uma próxima ocasião vamos visitar uma outra mega-atração: o AquaRio, maior aquário da América
Latina. Vamos compará-lo ao de Lisboa que visitamos.
O
Museu do Amanhã é um museu de ciências diferente. Um espaço erguido sobre os
pilares éticos da Sustentabilidade e Convivência, que explora a época de
profundas transformações em que vivemos e os possíveis caminhos para os
próximos 50 anos.
É dividido em
cinco etapas, que tem como objetivo refletir sobre o passado, o presente e o
futuro. É maravilhoso. Muito interativo e a cada passo que damos
vemos para onde nosso mundo caminha e quais os problemas que nossa existência
está trazendo ao meio ambiente e ao planeta.
Indico pra adolescentes e jovens em idade escolar. A
exposição principal é majoritariamente digital e foca em ideias ao invés de
objetos. A proposta da instituição é ser um museu de
artes e ciências, além de contar com mostras que alertam sobre os perigos
das mudanças climáticas,
da degradação
ambiental e do colapso social. O edifício conta com espinhas
solares que se movem ao longo da claraboia, projetada para adaptar-se às
mudanças das condições ambientais. Tem parcerias com importantes universidades
brasileiras, instituições científicas globais e coleta de dados em tempo real
sobre o clima e a população de agências espaciais e das Nações Unidas.
A instituição também tem consultores de várias áreas, como astronautas, cientistas sociais e climatologistas.
Ao longo de todas essas fases, todo o conteúdo é integralmente apresentado em
português, espanhol e inglês (algo
que, no Brasil, é absolutamente espantoso).
Estávamos hospedados em Copacabana e poderíamos ter ido de metrô
até a estação Cinelândia seguindo de VLT até a estação Parada dos Museus. Fomos
de Uber, muito mais prático e rápido.
Eu poderia ter percebido melhor as coisas se estivesse com
os bilhetes de entrada comigo porque eles explicam sobre o Museu.
Vida longa a essa obra
inovadora.
Museu do Amanhã xodó dos cariocas e visitantes |
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