sexta-feira, 10 de setembro de 2010

- Super-Zeiro sugerindo soluções para o problema da amazônia

SUPER-ZEIRO SUGERINDO SOLUÇÕES PARA O PROBLEMA DA AMAZÔNIA

                                      (27.MAR.2007 - Crônica não-publicada)



Nosso herói foi flagado sobrevoando Brasília por um  fotógrafo amador.

            A Devastação das florestas, pulmão da humanidade, a agressão suicida do meio ambiente, a poluição dos rios e das fontes de água potável e a transformação de áreas imensas do tamanho de países europeus em desertos. As forças armadas não são para a guerra? Pois bem. Essa é, também, uma das guerras do SUPER-ZEIRO, além do crime organizado. Nosso herói como um bombeiro em um país com natureza em um ambiente em chamas.

            Ele pensa em Alcântara, sobre o confisco sobre renda, sobre nosso complexo de inferioridade. Afirmou: “continuamos a ter o maior rebanho bovino do mundo, um parque industrial movido à tecnologia de ponta, somos quase auto-suficientes em petróleo, podemos produzir álcool à vontade, continuamos a ter safra de grãos maior a cada ano, reservas minerais abundantes, hidrografia privilegiada. Por que nossa moeda insiste em se manter nesse incompreensível complexo de inferioridade?”.
            Uma de suas lutas refere-se à lambança na Saúde, com filas de doentes à porta de postos e hospitais públicos, juros altíssimos, massacre de impostos, violência, a indefinição de quem maior bandido e de quem manda mais bala, se a polícia, se os traficantes. Falsos remédios e gasolina, a indignação do povo quanto a condutas de deputados e senadores, a falta de definição por parte do governo de questões complexas - não vou nem falar. AH! São tantos e tantos os problemas para o Super-Zeiro!

            De qualquer forma, estou de olho à espera de dias melhores, atento, de guarda em legítima defesa. Com minha paciência e inteligência em xeque. Como assessor do Super-Zeiro, o Raposo I, sou um esperançoso profissional.

            O Super-Zeiro quer que se decrete que toda a AMAZÕNIA SEJA território federal. Guerra à devastação. Não se derruba mais na Amazônia. Expulsar de lá todas madeireiras, a começar pelas estrangeiras, que já devastaram a floresta tropical da Ásia. Convocar urgente reunião internacional, no âmbito de ONU estabelecendo fundo internacional para esses misteres. Exigir que, doravante, qualquer país não poderá comprar qualquer madeira nobre do Brasil. Que eles usem lá os seus pinos e materiais sintéticos. Nós vamos adotar o modo extrativista derrubando, quando pra nós necessário, uma árvore de vez e não levando com ela 10 outras. Equipar as Unidades militares a serem espalhadas pela selva com helicópteros, lanchas rápidas (nos rios) pesadamente armadas com força letal e equipamento de monitoramento por satélite. Quem for pego, além de cadeia dura, deverá ter seus bens confiscados. A devastação da floresta será considerada crime hediondo contra a humanidade. Nosso herói pensa assim, confidenciou ao RAPOSO I.

            Nosso herói quer obrigar a que os traficantes, se não extintos, pelo menos se tornem mais humanos. Ao invés de pó de mármore e de vidro, seus produtos deveriam levar misturas mais nutrientes como leite Ninho e Maisena com qualidade garantida pelo Inmetro.

            Para não me tornar um ébrio de mim mesmo, um anti-herói, vou substituir, neste sábado, esse meu falar por umas cervejas. É o único jeito de eu ficar mais alto. .

            Nosso herói e seu assessor não têm preconceito nem mesmo do preconceito e do racismo. Cultura não é acessório. Quem é contra a pizza, o falar italianado dos paulistas, o Sushi, a fusão de branco, negro e índio? Cultura é poder para o Super-Zeiro.

            Somos cidadãos livres e por isso vamos continuar a chamar o mau motorista de barbeiro, de continuar a achar que a coisa está preta já que a cor negra é associada, entre nós ocidentais, a luto, medo do escuro, do desconhecido, nuvens negras – assim como no oriente o branco é que é o sinal de luto e nem por isso é vista como forma de racismo antibranco. Na Bahia, o “negão” é, praticamente, um título honorífico para eles e para o Super-Zeiro.
Esta foto foi do próprio Super-Zeiro. O que que significa  esta construção?
             “Prestenção”: convido a todos vocês a fingir que não notaram o correr dos ponteiros do relógio ao ler esta crônica a ler mais algumas do nosso herói!!! Se não fizerem isso, como um bom assessor de vampiro brasileiro e do Super-Zeiro, vou rogar uma praga pra você ficar recluso numa ala psiquiátrica de um hospital da rede pública, assistido por um psiquiatra competente, mas meio doidão, em companhia do Itamar Franco e do João Kleber. “Enfo”!!!

2 comentários:

  1. Adorei as crônicas, principalmente as do Super Zeiro... que os políticos do nosso país se inspirem nele né!!!
    Parabéns!!!
    Bárbara Resende

    ResponderExcluir
  2. É isso ai Bárbara. Obrigado por suas palavras. Digo-lhe que essas crônicas do Super-Zeiro estão no meu novo livro 'CRÕNICAS & CAUSOS" a ser lançado em agosto 2012. Por muitas vezes, por falta de exemplos de padrão de conduta na vida real, em especial na esfera pública, fui buscar inspiração na ficção.
    UM ABRAÇO
    do Antônio Fábio

    ResponderExcluir