segunda-feira, 14 de julho de 2014

Alemanha supera Argentina com golaço de Götze e é tetra Alemanha O (1) X 0 (0) Argentina

Foto Ricardo Matsukawa / Terra 
            Mario Götze de 22 anos sai do banco de reservas e com menos de 30 minutos recebendo o bastão de Klose para superá-lo em importância em decisões. Klose com 16 gols marcados em copa superou Ronaldo com15. Götze superou seu compatriota Klose, mas não superou nosso Ronaldo que também marcou contra a Alemanha gols decisivos. Agora a Alemanha, depois de 24 anos, é tetra se igualando à Itália e ficando a uma conquista da Seleção Brasileira, única pentacampeã e maior vencedora. É a primeira vez que o time conquista o título desde a reunificação do país: os outros três foram ganhos como Alemanha Ocidental, em 1954, na Suíça; em 1974, na Alemanha; e em 1990, na Itália.
Los hermanos argentinos, leões azuis, poderiam ter ganhado se tivessem aproveitado as chances perdidas. Tiveram as melhores oportunidades. Esse jogo não foi um jogo, foi uma maratona com o limite da força física e da superação causando a admiração de todos. A festa das torcidos foi admirável e teve momentos em que a da Alemanha superou a da Argentina. Pasmem!
Choque de cabeça foram uma constante nesta Copa. Não engulo esse negócio de Brasil com “Z”. No final em entrevista aos alemães eles disseram que a ficha não havia caído ainda, imagine a nossa depois do 7 X 1. O goleiro alemão Manuel Neuer mereceu o prêmio de melhor goleiro da Copa (Luva de Ouro), mas Messi não mereceu o de melhor jogador da Copa (Chuteira de Ouro). Pelo menos uns 4 foram melhores do que ele: Roben da Holanda e o nosso Neymar. A FIFA voltou a da um Prêmio de Consolação ao perdedor da final a exemplo do que já havia feito quando o Brasil superou a Alemanha em 2002 e quem deveria ganhar a Luva de Ouro era o nosso São Marcos e não o  Oliver Kahn (Mico Leão Dourado). Já escrevi sobre isso na ocasião.
Os alemães nos deram uma aula de cidadania, simpatia e organização e curtiram o Brasil com suas esposas e filhos. Foi a primeira vez que um time europeu ganhou um título nas américas.
E o Galvão com aquele seu vozeirão: acabou, acabou, a alemanha é tetra.
Vi pela TV aquele argentino fantasiado de Papa Francisco chorando e fiquei triste por isso. O relógio da Matriz de São Manoel de Rio Pomba – MG estava repicando seus sinos para convidar para a missa da 19 h e a imagem do Cristo Redendor do Rio de Janeiro, com as cores da Alemanha encantando a todos expectadores.
Viva a Alemanha, eles viveram o Brasil e o descobriram a mais de 500 anos depois de Cabral.

Geração da FIFA captou esse ângulo do Cristo Redentor durante a transmissão da final da Copa do Mundo, entre Alemanha e Argentina.
Presságio de melhores dias para a humanidade.

 CRISTO OLHAI POR NÓS.

Sou uma pessoa que me alegro com as grandes e pequenas coisas / Às vezes conquisto somente as pequenas / Mas me contento e luto pelas grandes.
                       (Sonhador – livro Poemas “Pedaços de um instante’ de Antônio Fábio)

“E chego à conclusão de que a derrota, para a qual nunca estamos preparados, de tanto não a desejarmos nem a admitirmos previamente, é afinal instrumento de renovação da vida”.
   (do livro “Quando é dia de futebol”- ( Carlos Drummond de Andrade Jornal do Brasil, 07/07/1982)

Ficha técnica
 Data: 13 de julho de 2014
Horário: 16h00 (de Brasília)
Local: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Nicola Rizzoli (ITA)
Assistentes: Renato Faverani (ITA) e Andrea Stefani (ITA)
Cartões amarelos: Schweinsteiger, aos 28 min., Höwedes, aos 32 min. do 1°t (ALE); Mascherano, aos 18 min., Agüero, aos 20 min. do 2°t (ARG)
Gols: Götze, aos 7 min. do 2°t da prorrogação

Alemanha: Neuer; Lahm, Boateng, Hümmels e Höwedes; Kramer (Schürrle, aos 31 min. do 1°t), Schweinsteiger, Özil (Mertesacker, aos 15 min. do 2°t da pror.) e Kroos; Klose (Götze, aos 42 min. do 2°t) e Müller
Técnico: Joachim Löw


Argentina: Romero; Zabaleta, Demichelis, Garay e Rojo; Mascherano, Biglia e Perez (gago, aos 40 min. do 2°t); Messi, Higuaín (Palacio, aos 31 min. do 2°t) e Lavezzi (Agüero, no intervalo)
Técnico: Alejandro Sabella

6 comentários:

  1. O cinema ficou colorido, a cidade mudou, mudaram os aviões e os passageiros, mas ao longo do tempo, em filmes, novelas, seriados e comerciais, quando alguém chega ao Rio de Janeiro, a cena continua a mesma. A cidade se espalhando à beira-mar, a baía cercada de montanhas, abençoada pelo Cristo entre as nuvens.
    E agora abençoando o final da Copa do Mundo 2014 com essa imagem espalhado pelo mundo todo. Uma bênção!
    Nélson Mota

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  2. Tudo isso me fez lembrar o Corcovado / o Redentor cantado por João Gilberto em 1959 lançando a bossa nova no histórico LP Chega de Saudade. Anos depois, consagrado nos Estados Unidos , o autor de Corcovado, Tom Jobim, voltava ao Brasil e compunha o clássico Samba do Avião: "Cristo Redentor / braços abertos sobre a Guanabara / estou morrendo de saudade..."
    No Carnaval de 1989, um dos piores períodos da nossa história recente, nos estertores do desmoralizado governo Sarney, com inflação que chegou a passar de 80% em um mês, Collor eleito presidente e o Rio de Janeiro falido e entregue à bandidagem, o gênio de Joãosinho Trinta concebeu o enredo Ratos e Urubus, Larguem Minha Fantasia para a Beija-Flor de Nilópolis, trazendo o Cristo Redentor para a passarela do samba. E para o centro de uma polêmica.
    O enredo de Joãosinho era "não só sobre o lixo físico, mas o lixo moral, mental e espiritual, que cria uma multidão de marginalizados, que tiram do lixo as coisas de brilho". Proibido pela Arquidiocese e coberto por um plástico preto, com a faixa desafiadora "Mesmo proibido, olhai por nós", o carro alegórico do Cristo,abarrotado de mendigos foliões cantando e dançando à sua volta, levantou a Sapucaí.

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  3. O Cristo Redentor de 2011 é o da animação Rio, em 3-D. É de tirar o fôlego, visto de ângulos que não existem, criados pela imaginação de Carlos Saldanha e pela tecnologia de ponta. Agora vamos imaginar o inimaginável: que o Cristo não existisse. E aparecesse um carioca católico e empreendedor, meio Roberto Medina, meio Eike Batista, e propusesse a construção de um Cristo gigante no alto do Corcovado, sem custos para o estado. Claro, os logos dos patrocinadores estariam na base da estátua, afinal alguém teria de pagar a conta. O cara ia ser chamado de maluco, de picareta, de explorador da imagem divina, e não conseguiria construí-lo. Pior ainda se algum político o propusesse como um projeto público. Com concorrência fajuta, aditivos e superfaturamentos, custaria mais caro do que a reforma do Maracanã. E um desenho medonho seria o escolhido.

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  4. Ainda bem que o Cristo foi construído há oitenta anos, porque hoje certamente o Ibama e a Secretaria do Meio Ambiente não autorizariam a obra, pelos distúrbios que o gigantesco corpo estranho provocaria na fauna e na flora do Corcovado, pelas luzes e pelo movimento de pessoas que assustariam os animais silvestres, pelo abalo que provocaria no ecossistema, pela interferência na paisagem natural das montanhas emoldurando a Baía de Guanabara. Sob protestos das outras religiões e dos ateus, o Cristo Redentor teria de ser construído na Barra.

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