Alemanha
7 X 1 Brasil
Antônio
Fábio – 08.07.2014
Sem correção
(estou atordoado)
Crédito da foto: Alexandre Battibugli |
O Brasil apagou, com essa derrota, o vexame da Espanha.
Início
da autópsia: erramos na escalação - anotei a placa, já havia descrito que
necessitávamos de coalhar o meio de campo, deu um branco de 10 minutos que nos
custaram 4 gols, 12 anos e 43 jogos sem perder no Brasil. A maior goleada da
Alemanha em mundiais foi 8 X O na Arábia Saudita. Essa é Copa dos gols. Ao
invés de subirmos mais um degrau caímos escada abaixo. O que mais me
entristeceu foi ver essas crianças chorando. Vão se lembrar disso por toda a
vida, assim como me lembrei da nossa derrota para o Uruguai no dia 16 de julho
de 1950, dia do meu aniversário. O maior culpado por tudo isso foi o Chile que
ao invés de chutar na trave deveria ter feito o gol que nos aliviaria de todo
esse vexame. Vamos aprender com os erros e um dia agradecer aos alemães por nos ensinarem a
competir com dignidade e jogar enfrentando cada adversário com o regulamento
debaixo de braço, com Planos B. Viver do
passado não nos dignifica no futuro. É como disse Nélson Rodrigues: "Em futebol, o pior cego é o que só vê a bola.
" Penso que o Bernard só
serviria para jogar conosco nas peladas do Pombense com queda de 5, ou de 6 ou
de 7. Acho que poderia parar o jogo e passar os jogadores de um time pro outro
e vice-versa. As equipes estavam muito descomparadas e deveríamos equilibrar a
pelada. As vaias à nossa presidente e ao Fred ouvi alto e bom som e me entristeci.
Vi um time com uma ótima estratégia e o
outro não. Necessitamos de academias de futebol nos clubes a fim
de criamos novos talentos. Nossa reestruturação é imprescindível.
A Alemanha, agora é a que
mais fez gols nas Copas. O Close superou o Ronaldo em maior número de gols 16 a
15. Espero que eles não nos alcancem no Penta. Não sei qual foi o pior desastre
em BH: se a queda do viaduto ou nossa derrota vexamosa.
Lembro-me do Barbosa de 50, do Zico pelo
pênalti perdido, do Dunga virando “era”, do Roberto Carlos arrumando meião
enquanto Henry marcava nossa desclassificação, do Júlio César errando um soco contra
a Holanda em 2010. Eles estavam lá dando a cara a tapa, foram soldados em uma
guerra imprevisível. Nosso futebol sempre criou nossos heróis e nossos vilões,
mas dar nome às derrotas é injusto. Essa Copa está sendo a dos gols, das
pressões das emoções incontidas, amargas e azedas.
Perdemos de uma seleção infinitamente melhor
que a nossa, fria, talentosa e senhora de si. Se for para perder, que fosse
agora. Imaginem um novo Maracanazo,
seria pior! Nossa seleção foi até onde pôde com esse técnico e esses jogadores
que teve a aprovação de todos.
Essa Alemanha admirável já é
a campeã da simpatia, da credibilidade, da organização mesmo antes da decisão.
Nosso jogo virou pó em 6
minutos com a mesma velocidade que as lágrimas jorraram de torcedores
incrédulos e estupefatos.
Outras
explicações aparecerão.
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