segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Feira Musical Hortishow

                                                                                                 07.SET.2013
Pag. 74 do meu livro ANTOLOGIA EM PROSA & VERSO



Hoje, sábado, estou eu de novo com minha “pena” procurando desenhar mais um belo dia. Tentando doar a você a alegria, o sorriso e tudo de bom que há dentro de mim, descrevendo sobre um evento na Praça Ministro Odilon Braga, Centro em Rio Pomba que envolve dança, música, apresentações artísticas e culturais.
A parte musical, durante a Feira Livre, busca valorizar os artistas da cidade e também da região. Aqui prevalece a ideia de se apresentar sem competir conforme festivais. Tudo começou quando sugerimos em O IMPARCIAL de 11.09.2001 e às páginas 112 do meu livro CRÔNICAS & CAUSOS um encontro mensal de seresteiros com a mesma finalidade. O Helinho abraçou a ideia e a introduziu na Feira de Hortigranjeiros no Parque de Exposições que posteriormente foi transferida para o local atual, muito mais apropriado. Aqui ouvimos melodias maravilhosas interpretadas magnificamente pelos meus particulares amigos Helinho Gomes e Germano Fávero que projetou o logotipo da feira juntamente com meu filho Eduardo. Cito apenas alguns nomes dos quais estou me lembrando agora que nos brindaram com sua arte musical: Luan Silva (guarde este nome – grande músico), Henrique, sua esposa Débora e a filha do casal Ludmila (9 anos) - acabei de vê-los agora - Henrique Filho, Marcelo Serafim, Júnior Violeiro, Antônio Cassiano (92), Rafael (violão), André Sanfoneiro, João Campos sanfoneiro,Vitor percussão, Tábada percussão, Jadinho Vibration, Abiron Martins (chocalho), Família Nunes, Chico Rozado e Ramon Rozado de Viçosa, Chiquinho (teclado e violão), Zé Luís do teclado, Célio & Hélio (percussão), Gustavo Franco, João Parassol, Henriquinho e até o Neca figura folclórica da cidade. Já presenciei uma apresentação de Capoeira do grupo do América e apresentação de MARACATU por alunos do IF (Instituto Federal de Rio Pomba) com pessoas de diversos lugares: Victor, Carolina, Pedro, Thaís, Amanda, Ivan, Mariana, Tábada, Héder,
Estamos na época de luzes e novidades. Este local pode se revelar como um cenário de metáforas do progresso e o berço de ideias.
Novos talentos estão aparecendo. Um digno "sarau" diurno e ao ar livre. É a candura “mineirês” de nossas manhãs de sábado. São encontros e reencontros embalados em abraços, prosas e versos de muitos amigos que há tempos não se viam.
Nos SHOWs, raramente a gente vê o melhor samba de raiz. A verdadeira música sertaneja é a mais cantada porque é mais própria para o local e para uma melhor integração entre os participantes, da agricultura familiar que se vê em cada barraquinha de nossas comunidades rurais: Bom Jardim: Nem, Solicládia, os “cabiludos” que trabalham com produtos à base de polpa de Jussara na Unidade Serra Velha, Silvana, Sílvio Serafim com seu caldo de cana e a Eunice – Vogados: Sueli e seu filho Wisley com seu pão com linguiça – Monte Alegre : Ana Carolina e o José de Assis e seu filho Fabiano – Igrejinha: Priscila – Coelhos: Vanilda & José Antônio – Passa Cinco da Estação: Fatinha – Serrinha: Lúcia Eterna - A Nívea da cidade e o Gilmar, filho do amigo Zé da Ilma dos Barra. Pessoas prestigiando e se deliciando com um frango assado, com um pão com linguiça, pães de queijo, pastel com caldo de cana, açaí (Jussara da região), bananas, ovos, queijos, frutas, legumes e verduras várias, frangos caipiras e outros nem tanto. É um local com papos e projetos, sempre voltados para o bem-querer do rio-pombense.
Este evento valoriza a agricultura familiar e estimula a produção de hortigranjeiros na região. Produzir alimento é vocação. Quando vemos uma família bem sucedida no meio rural é porque está feliz. E, para estar feliz, é preciso políticas públicas que incentivem cada vez mais a permanência do homem no campo e a produção de alimentos. A comercialização é feita pelos próprios produtores.
Daqui do meu terraço fico sempre esperando a Feira. Penso: não importa a feira: segunda-feira, terça-feira, quarta-feira, quinta e sexta feira. A Feira mesmo é a do sábado: Sábado, Feira.
No Sábado-Feira cozinho no meu terraço embalado nas músicas da Feira e dos pássaros. É mole?
Aquele espaço pra mim é uma área de turismo de Rio Pomba onde se integram natureza e história, eventos e celebridades, para atrair visitantes e abrir novas opções de desenvolvimento. Hospitalidade de um povo simples transforma o trabalho em divertimento, cultura e lazer.
Esta feira já é um pedaço de mim. Acho aquela música e aquela zoeira do sábado de manhã o máximo, minha alma está precisando de calor. Esta feira é uma micropoesia. Lá tem sabor das coisas da roça, cheiro de passarinho. Não é o dessabor de tudo faltar e sim a certeza de tudo encontrar.
Estamos livres da rotina dos crachás, pois a Feira é livre. Esses homens têm a liberdade de um deitar distraído e sereno todos os dias da semana na roça para nos deleitar em harmonia e sabores todos sábados na cidade debaixo do nosso nariz bem ao nosso lado. Que beleza!
Agora estou aqui na porta do meu escritório onde vejo pombas rolas, saíras, sanhaços, beija-flores, sabiás laranjeira, canarinhos da terra, bem-te-vis se banhando no bebedouro e piscininha de pedra, nos intervalos do badalar dos sinos da Igreja Matriz e das músicas da Feira. Estão compondo novas melodias e afiando seus bicos para conquistar o amor de seus pares, enquanto os músicos da Feira afinam seus instrumentos para nos conquistarem
Tudo é belo e divino e merecedor de todos os aplausos.
Aqui é o palco dos meus sentimentos, ouvindo as músicas da Feira e retratando minhas emoções para sua reflexão. Dando rédeas à imaginação, sonhando, vivendo, poetizando. A poesia faz parte da vida. Quem não sabe sonhar não sabe viver. Estou dedilhando no teclado, meus pensamentos, embora não seja equilibrista, tento manter-me firme nessa louca dança da vida. Meu coração precisa de frases.
Meus abraços não perderam suas centelhas amorosas e nem minhas palavras sua essência poética. Sinto nesses ares de agora uma espécie de tesão pelas palavras. Meus olhos comungam com as gotas de água que se esparramam pelas faces das folhas das hortaliças da minha horta beeeem ao meu lado... As pessoas costumam me perguntar: quem eu sou? E a resposta é: sei lá, sei lá! Mas, se eu lhes disser quem sou, podem não gostar, e isto é tudo o que tenho. Sou tantas coisas que não consigo explicar. Acho que sou sonho...
Esta feira nasceu pequenina. Ela é igual à água que nasce gota de orvalho ou de neblina. Elas todas têm sua infância, sua adolescência e sonhos e sua maturidade virá com o tempo.
Bendita seja nossa Feira Musical. Ela é Hortishow ...

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