quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Paródia – Justo preço da homenagem

                          Crônica publicada em O Imparcial de 13.11.2011
e na páginas 117, 118 e 119 do meu livro "ANTOLOGIA EM PROSA & VERSO".


N
os meus livros tenho escrito cada página homenageando alguém. No meu livro ‘RECEITAS CULTURA HUMOR”, cada página foi dedicada a escritores, compositores, poetas, parentes  e amigos. No meu livro de POEMAS segui o mesmo parâmetro. Como eu não era e não sou um poeta nato, procurei ler muitos poemas assim como sempre fiz quando queria me familiarizar com algum ritmo musical.  É assim com tudo que se tem que aprender na vida, na medicina, na   odontologia, na advocacia, etc. A pessoa só será boa, se esforçar para isso.
Quando comecei a rascunhar poemas me orientei com o Anderson de Souza, escritor, poeta, formado em filosofia na Universidade Federal de São João Del-Rei, hoje lecionando em Osasco SP. Anderson é um “spert” no assunto. Ele me incentivou muito depois de ler meus poemas. Disse que ficaram muito bons e que eu possuía muita energia poética.
Perceba que muitas partes do meu livro de POEMAS foi escrito como uma paródia aproveitando partes de obras originais adapatando-as com um um pouco de alegria. Com intenção clara de homenagem. Nunca existiu a intenção de enganar o leitor  quanto à identidade do autor da obra. Escrever de modo diferente não é crime. Imitar de forma criativa, também não.
Escrevi 90%  dos meus poemas somente contendo coisas de minha criação, sem qualquer alusão a outro poeta. Carmem Lúcia me ajudou  nesse mister e ela sabe disso. Assim, minha missão não seria uma ilusão. (Leia o PREFÁCIO do meu livro Pedaços de um instante). Pelo entusiasmo, talvez, me tenha excedido um pouco e me esquecido de colocar “ASPAS” e, em algumas vezes, o nome do autor para seus créditos. Foi o caso do poema  “Amanhã é Sábado” sem o devido crédito no Imparcial. O mesmo não aconteceu no meu BLOG postado em 21.abril.2011. Faço agora a correção devida: “neste momento todos os bares estão repleto de homens vazios/ Todos os namorados estão de mãos entrelaçadas/ Todos os maridos estão funcionando regularmente/ Há um renovar-se de esperanças/... de uma mulher dentro de um homem” (Vinícius de Moraes).
Assim procedendo não estariamos enganando ninguém e, estaríamos, ao mesmo tempo, pagando o justo preço da homenagem, porque o grande escritor sempre será grande, e o máximo que pode acontecer é que sejamos maiores do que, originariamente, estávamos destinados a ser antes de imitar um mestre.
O problema é que, para sermos humanos, para sermos criativos, é exigida de nós a virtude da coragem. Assumi tudo de peito aberto com extrema dedicação e com um ato de entrega muito grande, mesmo sabendo que poderia não ser compreendido e que não seria unanimidade, claro. Escrever com coragem é escrever com tudo, mesmo que tudo seja muito pouco, ou quase um nada. Muitas vezes tive dificuldade de identificar a origem legítima de algumas obras pelo fato de ter lido muito e pesquisado muito (no Google-Site de consulta) e estudado muito. Foi assim, também, com as fotos que peguei no Google. Elas foram liberadas ao público pelo autor quando blogadas.
Sempre procurei ser uma pessoa autêntica e original, ou seja: aquela que traz a marca da evolução contínua, da insatisfação consigo mesma e da busca de maneiras novas de dizer o que todos já sabiam. Com a capacidade de repetir o que alguém já disse, de renovar o que alguém já pensou, já expressou, e fazê-lo de uma forma reconhecidamente inédita. De fazer algo novo com o antigo. Cultura é também cultivo, é cultivar-nos, é receber de bom grado e desenvolver em nós o que outras pessoas já pensaram, já disseram, já escreveram.
 A formação cultural é a condição para desenvolvermos nossos talentos adormecidos.“A grande escrita é sempre reescrita”, e que podemos colocar ao lado de outra frase, da autoria de Salvador Dalí: “De quien no quiere imitar a nadie, no sale nada.”
Quanto as criações do Andersson, ele ficou muito feliz por ser lembrado e homenageado (PARÓDIA)  no meu livro. Existem várias citações no meu livro de trechos de poemas seus e fragmentos filosóficos que deu ao livro um pouco mais de "peso”. “Qualquer forma de conhecimento deve ser expandida: ESSA É A IDEIA”.
Tudo deve ser devidamente identificado com créditos. Infelizmente, no Imparcial, muitas dessas identificações foram suprimidas. Foi um lapso, um deslize. Nada que não possa ser corrigido e devidamente esclarecido.
De qualquer maneira, como afirmou o Anderson, palavras não são nossas, elas são do mundo, das pessoas, de Deus. O que me pertenceu em alguns instantes foi apenas a forma de senti-las. Fiquei muito feliz, afirmou o Anderson, que os lançamento do seus livros sempre tenham sido sucesso, e,  também por você estar contribuindo para o crescimento da literatura em nosso país. Continue firme e que Deus te abençoe. Seus poemas são puros, gosto disso! Refletem suas experiências e você sempre evidencia as imagens e passagens da vida numa forma simples e aliada  à ideia da poesia. Você tem uma visão de um mundo mais alegre, mais entusiasta, mais otimista.  Muito legal!

Minhas desculpas e meus respeitos!

                       SAUDAÇÕES POEMÁTICAS


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