Crônica publicada em O Imparcial de 13.11.2011
e na páginas 117, 118 e 119 do meu livro "ANTOLOGIA EM PROSA & VERSO".
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os meus livros
tenho escrito cada página homenageando alguém. No meu livro ‘RECEITAS CULTURA
HUMOR”, cada página foi dedicada a escritores, compositores, poetas,
parentes e amigos. No meu livro de
POEMAS segui o mesmo parâmetro. Como eu não era e não sou um poeta nato,
procurei ler muitos poemas assim como sempre fiz quando queria me familiarizar com algum
ritmo musical. É assim com tudo que se
tem que aprender na vida, na medicina, na
odontologia, na advocacia, etc. A
pessoa só será boa, se esforçar para isso.
Quando
comecei a rascunhar poemas me orientei com o Anderson de Souza, escritor,
poeta, formado em filosofia na Universidade Federal de São João Del-Rei, hoje
lecionando em Osasco SP. Anderson é um “spert”
no assunto. Ele me incentivou muito depois de ler meus poemas. Disse que
ficaram muito bons e que eu possuía muita energia poética.
Perceba que muitas partes do meu livro de POEMAS foi
escrito como uma paródia aproveitando partes
de obras originais adapatando-as com um um pouco de alegria. Com intenção clara de
homenagem. Nunca existiu a intenção de enganar o leitor quanto à
identidade do autor da obra. Escrever de modo diferente não é crime. Imitar
de forma criativa, também não.
Escrevi
90% dos meus poemas somente contendo
coisas de minha criação, sem qualquer alusão a outro poeta. Carmem Lúcia me
ajudou nesse mister e ela sabe disso.
Assim, minha missão não seria uma ilusão. (Leia o PREFÁCIO do meu livro Pedaços
de um instante). Pelo entusiasmo, talvez, me tenha excedido um pouco e me esquecido
de colocar “ASPAS” e, em algumas vezes, o nome do autor para seus créditos. Foi
o caso do poema “Amanhã é Sábado” sem o
devido crédito no Imparcial. O mesmo não aconteceu no meu BLOG postado em
21.abril.2011. Faço agora a correção devida: “neste momento todos os bares
estão repleto de homens vazios/ Todos os namorados estão de mãos entrelaçadas/
Todos os maridos estão funcionando regularmente/ Há um renovar-se de
esperanças/... de uma mulher dentro de um homem” (Vinícius de Moraes).
Assim procedendo não estariamos enganando
ninguém e, estaríamos, ao mesmo tempo, pagando
o justo preço da homenagem, porque o grande escritor sempre será grande, e
o máximo que pode acontecer é que sejamos maiores do que, originariamente,
estávamos destinados a ser antes de imitar um mestre.
O problema é que, para sermos humanos,
para sermos criativos, é exigida de nós a virtude da coragem. Assumi tudo de
peito aberto com extrema dedicação e com um ato de entrega muito grande, mesmo
sabendo que poderia não ser compreendido e que não seria unanimidade, claro.
Escrever com coragem é escrever com tudo, mesmo que tudo seja muito pouco, ou
quase um nada. Muitas vezes tive dificuldade de identificar a origem
legítima de algumas obras pelo fato de ter lido muito e pesquisado muito (no
Google-Site de consulta) e estudado muito. Foi assim, também,
com as fotos que peguei no Google. Elas foram liberadas ao público pelo autor
quando blogadas.
Sempre procurei ser uma pessoa autêntica e original, ou seja: aquela que traz a
marca da evolução contínua, da insatisfação consigo mesma e da busca de
maneiras novas de dizer o que todos já sabiam. Com a capacidade de repetir o
que alguém já disse, de renovar o que alguém já pensou, já expressou, e fazê-lo
de uma forma reconhecidamente inédita. De fazer algo novo com o antigo. Cultura
é também cultivo, é cultivar-nos, é receber de bom grado e desenvolver em nós o
que outras pessoas já pensaram, já disseram, já escreveram.
A formação cultural é a condição para
desenvolvermos nossos talentos adormecidos.“A grande escrita é sempre
reescrita”, e que podemos colocar ao lado de outra frase, da autoria de
Salvador Dalí: “De quien no quiere imitar a nadie, no sale nada.”
Quanto as criações do Andersson, ele ficou muito feliz
por ser lembrado e homenageado (PARÓDIA)
no meu livro.
Existem várias citações no meu livro de trechos de poemas seus e fragmentos
filosóficos que deu ao livro um pouco mais de "peso”. “Qualquer forma de
conhecimento deve ser expandida: ESSA É A IDEIA”.
Tudo deve ser devidamente identificado
com créditos. Infelizmente, no Imparcial, muitas dessas identificações foram
suprimidas. Foi um lapso, um deslize. Nada
que não possa ser corrigido e devidamente esclarecido.
De
qualquer maneira, como afirmou o Anderson, palavras não são nossas, elas são do
mundo, das pessoas, de Deus. O que me pertenceu em alguns instantes foi apenas
a forma de senti-las. Fiquei
muito feliz, afirmou o Anderson, que os lançamento do seus livros sempre tenham
sido sucesso, e, também por você estar contribuindo para o crescimento
da literatura em nosso país. Continue firme e que Deus te abençoe. Seus poemas são puros, gosto disso! Refletem suas experiências e
você sempre evidencia as imagens e passagens da vida numa forma simples e
aliada à ideia da poesia. Você tem uma visão de um mundo mais alegre,
mais entusiasta, mais otimista. Muito
legal!
Minhas desculpas e meus respeitos!
SAUDAÇÕES POEMÁTICAS
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