sábado, 12 de maio de 2012

- Novamente a ladeira

     

Já falamos desse assunto no meu VII artigo neste jornal, que nos enche de orgulho, isto em 23.DEZ.2001. Trata-se da Rua João Marcelino, a Rua do Clério Supermercado. A rua do ginásio, ladeira João Marcelino, como era conhecida. Muitas das nossas soluções apresentadas foram colocadas em prática, porém outras não. O problema não foi solucionado de vez, daí voltamos a falar dele. A perfeição não é humana. Quando Éder Jofre fez uma crítica construtiva ao Popó, ele não gostou. Depois, Popó se despiu das luvas e... E os dois se abraçaram. Quando criticamos acham que somos do contra, quando elogiamos estamos assim com o homem...      
      Uma crítica, técnica ou não, certa ou errada, já que esta coluna não fala do homem - não deve ser levada para o lado pessoal. Todo jornalista (sou um observador) precisa de ampla liberdade para analisar e tem a obrigação de ser imparcial. Alguns, hoje poucos, não me entenderam nesse mister. Ninguém gosta, mesmo quando elas são corretas. Toda pessoa precisa da aprovação do outro. Essa é uma das fraquezas humanas. Não é do meu feitio me embalar ao som de Luca cantando “To nem ai, to nem aí...” Na época da minha primeira fala sobre a ladeira os problemas brasileiros eram outros.     
      Hoje são os imigrantes (ou mesmo visitantes) latinos que são tratados de forma grosseira, deseducada, hostil e arrogante pelos funcionários do governo americano. Diferentes dos estadunidenses, que, nesta época do ano, vêm ao país do carnaval gozar – nos vários sentidos que este verbo pode assumir. Eles vivem em estado de alerta pelo que semearam após a Segunda Guerra, nós não. Somos pacíficos por natureza. Então por que a reciprocidade nestes moldes? É revidar. É o olho por olho, dente por dente que não leva a nada. É mediocridade.Uma revanche tola. De que servirão as fotos de turistas americanos e suas impressões digitais? Eles não representam ameaças para nós, muito pelo contrário. Eles não são responsáveis pelo tráfico de mulheres, mas, sim, espanhóis, alemães, italianos, africanos, e outros que estão sempre em nossos noticiários, por um ou outro crime. Os países dos quais os EUA se aproximaram, tornaram-se prósperos, como Canadá, Inglaterra, Itália, Bélgica, Holanda, Japão, Israel, Coréia do Sul, Hong Kong, Formosa, Cingapura. Até o acordo feito com o México já o fez passar na frente do Brasil. Não queremos dizer com isso que tenhamos que servir às ordens americanas e não devamos exigir mais respeito ao nosso povo. Esses fatos não são antiamericanismo e sim anti-Bush. Isto tudo é um pouco de ciúme e inveja e uma rejeição ao que é entendido como arrogância americana. Somos nações amigas e unidas por laços históricos. O Brasil pode não ter para os Estados Unidos a mesma importância que os Estados Unidos têm para o Brasil. Mas seu peso estratégico é indiscutível. A dimensão territorial e populacional e a pujança econômica fazem do Brasil líder inconteste da América do Sul. È preciso deixar de lado as picuinhas. Está na hora, meu Presidente Lula, de baixar a bola, sentar à mesa, corrigir os rumos. Com espíritos desarmados, os tradicionais laços de amizade vão falar mais alto. Outro problema da atualidade são juízes adolescentes em idade e serviços, com pouco tempo de faculdade, transformarem-se em magistrados como num passe de mágica. Imaturos emocionais, inexperientes. Só porque foram bem nas provas, “concurseiros”, bons de conhecimentos teóricos ou na base da “decoreba”. Não consigo imaginar um juiz de 23 anos julgando uma questão familiar, julgando um pai de família. Por que não exigir dos candidatos idade mínima de 35 anos, acumulada, no mínimo, com 10 anos de prática forense? É a época do “veja bem”, do “tá ligado”, do “eu tenho pra mim”, do “tipo assim, sabe como”, do “você não tem noção”, do “eu não acrediiito!”. Aquele velho barulho de palavrinhas se chocando sem significar nada. Somos 170 milhões deles. Sem papo. Sem trabalho. Do tempo do álcool em litro o que equivaleria a comprar livremente pólvora, dinamite, armas... Quem não conhece alguém que tenha se queimado seriamente com álcool? Do tempo da descoberta da velhice (depois que já o fizera Cícero em Roma) com o Estatuto dos Idosos. Do tempo dos dissidentes do PT serem punidos não podendo discordar comprovando que o poder não foi exercido de forma democrática. Do tempo de verão no Congresso com os parlamentares recebendo 19 salários por 11 meses de trabalho. Salários esses quintuplicados por truques e espertezas.Tempo de falta de transparência da nossa Escola de Samba Levanta Poeira não dando vez a que seus tradicionais colaboradores, compositores e outros pudessem participar da escolha de seu samba de enredo para o próximo carnaval. Afinal as cores verde e branco são ou não são uma paixão popular? Não sou crítico de ocasião e nem nunca vendi minha alma, e muito menos minha consciência e dignidade. São muitos os problemas, os acintes, as provocações, os casos pensados. Quero de volta o Rei Momo gordo.
      Rua João Marcelino. O PROBLEMA. Rua estreita de mão dupla não comporta estacionamento em nenhum dos lados. Perigo constante com carros na contramão. Falta de sinalização de “carga e descarga” para o comércio local. Os carros nas garagens da rua com dificuldades para saírem delas porque existem veículos estacionados em frente a elas, etc. AS SOLUÇÕES. Mão única é o mais indicado. Essa idéia tem que ser espalhada pela cidade toda. São tão fáceis que me sinto até constrangido em falar delas novamente. Seguinte: espelho na ESQUINA da Rua Joviano Teixeira, proibição de estacionamento em ambas as mãos de direção com exceção de “carga e descarga” em frente ao comércio local. NOTA 1. A rua está sofrendo afundamento do lado direito de quem desce. Para está realizando uma obra igual àquela do morro do cemitério, isso é café pequeno! NOTA 2. O estacionamento dos veículos deveria ser no local do lado do ginásio e do Posto de Saúde conforme nosso croqui do O Imparcial de 23.DEZ.2001.
Um bom domingo.

“De onde menos se espera, daí é que não sai nada”.
                                          (Máximas e Mínimas do Barão de Itararé- Aparício Torelli)

NOTA de 03.01.2012 – Tenho a grata satisfação de informar que todos esses problemas foram sanados em 2011, 10 anos após serem descritos, comprovando que as idéias triunfam mais que as armas. Veja pela foto do autor, de 17.02.2012.

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