terça-feira, 15 de maio de 2012

- Praça Ministro Odilon Braga

                    Subsídio (Publicado no jornal “O Imparcial”, 03 de fevereiro de 2002)


Este monumento, se restaurado, colocado em nível mais elevado e removida esta grade, ficará muito mais bonito e visível, além de cumprir a função urbanística proposta

Desenho ilustrativo. Estacionamento nos mesmos moldes do da rodoviária antiga, da qual sugerimos a demolição.

Grande local para estacionamento. Local abandonado e inútil. Propomos transformá-lo em estacionamento arborizado, bonito e útil ao POVO, a quem de fato pertence.

      Originalmente essa praça chamava-se Pça. Conde D’Eu (Dê). Eram duas: a Pça. da Matriz ou Dom Viçoso e a Pça. Conde D’Eu (Dê), que posteriormente passou a se chamar Pça. Marechal Deodoro e, depois, Ministro Odilon Braga. As duas, unificadas pela natureza, situam-se em frente à Igreja Matriz de São Manoel. Todo o complexo hoje é denominado Pça. Ministro Odilon Braga.
    Odilon Braga foi prefeito desta cidade. Foi ele quem fez o plano da revolução de 30. Foi ministro da Agricultura do Governo Getúlio Vargas e o único que teve coragem de renunciar por não concordar com a ditadura imposta. Foi candidato a vice-presidente do Brigadeiro Eduardo Gomes em 1950, tendo perdido para Getúlio, que se reelegeu. Sua irmã Ruth Braga (a última da família Braga) faleceu, recentemente, em novembro de 2001.
      Em respeito à memória de Dr. Odilon e de toda sua família, gostaríamos que o monumento fosse restaurado e a praça remodelada. A iluminação do monumento está queimada há anos e no pedestal faltando mármore e polimento. O gasto é muito pequeno e completamente viável. Quanto ao gradeamento que cerca o local, achamos que agora deva ser removido, dando maior destaque à obra do amigo e arquiteto Dr. Gilson Moreira Neves. Sinto-me completamente a vontade para sugerir a retirada do gradeamento, pois fui eu quem o sugeriu ao saudoso Pref. Toninho Mota. A nossa intenção foi proteger a praça da ação dos predadores, o que de fato aconteceu. Inseriu-se à paisagem urbana com naturalidade e foi absorvida pela população como benéfica. Hoje, penso diferente em razão da evolução dos tempos. Estamos no século XXI. Essa grade está dificultando a visão dos passantes e não cumpre a função urbanística, ora proposta.
      Este canteiro que se encontra no meio da praça (vide foto) deve ser substituído, dando lugar a um estacionamento conforme desenho demonstrativo e ilustrativo. Até hoje, só serviu para chacota dos, vamos dizer assim, debochados. Uns dizem que se parece mais com uma grande catacumba, outros que serviria melhor para uma horta comunitária. O certo é que não é útil pra nada. Tudo começou porque a APAE (eu estava na diretoria) fazia anualmente quatro dias de festas no local, incomodando os vizinhos e, principalmente, o Hotel Regina. Somente o amigo Tutuia, dono do hotel, com aquele grande coração, nunca reclamou, apesar de ser o mais prejudicado. Nesse local, a meninada vivia sempre jogando bola, inclusive os meus filhos (hoje as crianças ainda jogam, num pequeno espaço, um tal de “Beti”. Pode não). A pedido dos vizinhos, a administração municipal daquela época resolveu fazer o que fez. Solução comparável ao indivíduo que ao invés de tratar da perna com pereba, resolveu engessá-la, camuflando o problema.
      Tanto na rodoviária antiga, que sugerimos sua demolição, quanto nesta praça, a idéia primeira é beneficiar e valorizar o ser humano. De sã consciência, não vejo quem diga que essas modificações e arborizações propostas não sejam muito mais bonitas, harmoniosas e úteis. Em ambos os casos, o estacionamento é a consequência. É o caso de se unir o necessário e útil ao agradável. Sugerimos procurar um paisagista que possa e deva melhorar as ideias. Talvez ele mude Fícus Americano para Oiti ou para Pau Ferro. Não sei. Não tenho bola de cristal. Lembro que Oiti (av. Dr. José Neves) dá sombra, aceita poda e atinge sua plenitude por volta de dez anos. O Pau Ferro não dá sombra, demora 15 anos, mas é uma árvore de caule extraordinariamente bonito (vejam-no na Escola Agrícola). O Ficus Americano com quatro anos já é uma árvore adulta, é maleável, aceita poda e pode ser direcionada para o que se quiser, para sombra, para o ser humano e veículos etc. (vejam-nos na Biquinha e/ou na Pça. do Baixio ao lado do posto).

O Problema. Feiura abandono e inutilidade.

A Solução. Restauração do monumento e transformação da praça em estacionamento arborizado, conforme croqui.

Beneficia o Clube dos Trinta, por ocasião de suas festas; a Matriz de São Manoel, por ocasião de missas, casamentos e outros eventos; o Banco do Brasil, o Banco Itaú e a Caixa Econômica Federal, para estacionamento de seus clientes; e ao ser humano, ou seja, ao povo, a quem de fato pertence.

A Pça. Foi mudada para melhor. O monumento foi restaurado conforme nossa sugestão, mas ao invés de se implantar um estacionamento (mais útil) para uns 16 carros e plantio de árvores, foi feita uma outra praça do lado de uma outra já existente (Pça.Dr. Último de Carvalho).
AGORA É RIO POMBA CONTRA O RESTO COMPROVANDO QUE AS IDEIAS TRIUNFAM MAIS QUE AS ARMAS.

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