domingo, 15 de agosto de 2010

- Ainda sobre temas que angustiam

AINDA SOBRE TEMAS QUE ANGUSTIAM
                                        05/MAI/2005

            Na nossa coluna “SUBSÍDIO”, publicamos no jornal “O Imparcial” de 15 de dezembro de 2002 “Temas que angustiam e outras rapidinhas”. Estamos fazendo agora um balancete. Não chega a ser um balanço de final de mandato, é apenas um balancete relatando nosso descontentamento e decepção até o momento: Maio de 2005.
Naquela ocasião, falamos sobre o Mundo Ecológico. A devastação das florestas, a agressão suicida do meio ambiente, a poluição dos rios e das fontes de água potável e a transformação de áreas imensas do tamanho de países europeus em desertos. As forças armadas não são para a guerra? Pois bem. Essa é, também, uma de nossas guerras, além da do o crime organizado. Pensava que poderia ver nosso presidente, Lula da Silva, um bombeiro em um país com natureza em o ambiente em chamas. Doce ilusão!!! A devastação da floresta amazônica, pulmão da humanidade, bateu, agora, o recorde. Que DEUS nos ajude a todos.
Falamos sobre Alcântara, sobre o confisco sobre renda, sobre nosso complexo de inferioridade. Continuamos a ter o maior rebanho bovino do mundo, um parque industrial movido à tecnologia de ponta, somos quase auto-suficientes em petróleo, podemos produzir álcool à vontade, continuamos a ter safra de grãos maior a cada ano, reservas minerais abundantes, hidrografia privilegiada. Por que nossa moeda insiste em se manter nesse incompreensível complexo de inferioridade?
Por entre aplausos e vaias e insensatez, vejo agora, já pensando em reeleição, nosso presidente, trocando farpas com o birrento irmão platino, o presidente argentino Néstor Kirchner. Para mal dos nossos pecados percebo que nosso loquaz LULA gosta mesmo é de falar muito e de ouvir pouco. Seu governo, infelizmente, tem se revelado oral e viageiro, na busca de auditórios, transformando em monólogo debates em que só ele fala. Isso me fez lembrar de quando trabalhava no Banco do Brasil com atitudes semelhantes de muitos de nossos gerentes. Cruz credo.
Sobre a lambança na Saúde, com filas de doentes à porta de postos e hospitais públicos, juros altíssimos, massacre de impostos, violência, a indefinição de quem maior bandido e de quem manda mais bala, se a polícia, se os traficantes. Falsos remédios e gasolina, a indignação do povo quanto a condutas de deputados e senadores, a falta de definição, por parte do governo de questões complexas - não vou nem falar. AH! São tantos e tantos...
Quando Lula da Silva abre a boca para falar de improviso, presenciamos, além da costumeira agressão ao vernáculo, um festival de afirmações que chegam às raias do ridículo. Um anti-herói da tribuna, um ébrio de si mesmo. Você quer ser seu assessor? Será que se eu chegasse ao poder, ficaria assim também? Acho que não, porque não tenho o dom da oratória. Prefiro escrever, e agora pra mim mesmo. Não quero lembrar do meu presidente como um Newton Cardoso, um Conselheiro Acácio do célebre romance “O Primo Basílio”, vivendo em piadas e anedotas. Um presidente que se apeou no Planalto graças ao impulso irrefletido deu um povo desesperado que se dispusera a tentar qualquer loucura para sair do atoleiro.
De qualquer forma, estou de olho à espera de dias melhores, atento, de guarda em legitima defesa. Com minha paciência e inteligência em xeque. Sou um esperançoso profissional. Até as próximas eleições haverei de sair da comodidade e arrastar até às urnas o meu traseiro preguiçoso... Talvez vingativo. Espero que não. “O Jogo só acaba quando termina”.
Oi crioulo, tô escrevendo isso para dizer que a coisa continua preta. Temos na presidência da Câmara dos Deputados, um cabeça-chata que detesta homossexualismo, aidéticos, veados, giletes e sapatões, mas transformou boa parte de sua família em funcionários públicos. E olhe que esse senhor de no nome Severino está na terceira ordem de sucessão à Presidência da República. Ai, Ai! Deus me livre.
Olhe que tudo que digo já deve dar mais algum processo; crioulo, cabeça chata, a coisa continua preta. Acho que isto não é racismo. Nuvens negras, a noite é negra, os gatos negros são associados ao azar desde a antiguidade. Quase todas as referências a negro ou preto derivam do desconhecido. Medo do escuro, da noite e não de algum negão. O preto é usado como sinal de luto e tristeza entre nós ocidentais, por motivos culturais. No oriente a cor do luto, é branca e nem por isso é vista como uma forma de racismo antibranco. E samba do crioulo doido? O aidético deve ser trocado por soro positivo? E o leproso? Seria hanseniano? Ladrão seria para indivíduos pobres e corruptos para ricos? Ladrão pode ser rico ou pobre, mas corrupção em geral é “privilégio” de rico ou poderoso. Quem vai corromper pobre? Tá certo que tem a cervejinha do guarda... Mas, cuidado! Se alguém lhe roubar uma filmadora, por exemplo, você não deve perguntar a torto e a direito se essa ou aquela pessoa sabe sobre o fato, senão você pode ser taxado de caluniador ou difamador, apesar de que perguntar, suspeitar e presumir não seja crime. Tenho horror a todas essas coisas. Como são desagradáveis o preconceito e o racismo. O Grafite que o diga.
Sugiro uma Lei dos homens para o racismo, no mínimo uma cartilha do que é certo ou errado, do que aceitável e condenável no Ministério da Verdade que deveria substituir a Secretaria Especial de Direitos Humanos. E... “PT” Saudações. Tenho dito.

NOTA.  Agora estou elogiando o Lula. Ele merece!

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