terça-feira, 24 de agosto de 2010

- Las Vegas

        LAS  VEGAS
                                                           (Crônica não-publicada / 02/junho/2010)

            Anna, esposa do Márlon nos deixou: Fernandina, Eu, Martha e Chico no Aeroporto Fort Lauderdale/Hollyood para embarcarmos para Las Vegas pela Delta Air Lines Fligth 2673. Durante o vôo de 5 horas, la pelas tantas observei pela tela individual da minha poltrona: “Time de destinacion – hora estimada de chegada (5:45 – PM – atrasei 3 h no relógio em razão do fuso horário) – altitude - temperatura externa (-52 ° C) - velocidade de terra 804 km – distância percorrida (680 km). Iríamos desembarcar no McCarran International Airport de Las Vegas. Via na tela, seguindo, o mapa, que estávamos sobrevoando o Estado de Nevada, acima o Colorado seguindo-se o Novo México (Sta Fé), Texas (Oklaroma), Luisiânia, Nueva Orleans. Ainda vi Califórnia, Oregon, Washington. Aguardava-nos Las Vegas e suas luzes. Foi a descida mais colorida da minha vida. O Chico tenso. O trem de pouso abaixado. Velocidade reduzida. Reverso nos motores acionados. O som da frenagem... Rrrrrr! Que legal! Enfim 3.532 km marcava o computador. Chegamos! Ninguém bateu palmas como quando aterrissamos em Nova York.



            No dia seguinte partimos cedo para o Grand Canyon de ônibus e chegamos de volta às 9 da noite. Na próxima irei de helicóptero. Passamos pela represa Hoover Dam, a 50 quilômetros da cidade. O local é uma maravilha da engenharia e foi construído em 1932 para gerar energia para a região. Continuamos. De repente via-se no meio do deserto um McDonald, um Mall (pequenos shoppings), aldeias de índios. Lugarejos de duas pequenas ruas. Chegamos no Grand Canyon, um vale moldado pelo rio Colorado durante milhares de anos à medida que suas águas percorriam o leito. Chega a medir entre 6 e 29 km de largura e atinge profundidades de 1600 metros. Não sabiamos que iamos encontar um vento tão forte e frio. O ônibus, como tudo no país nos deixou, praticamente dentro de um pequeno shopping (explorado pelos índios). Compramos roupa de frio. O Grand Canyon é maravilhoso, conforme imaginava. Vide as fotos. Elas falam mais alto.

            Se existe um lugar para ser vivido à noite este lugar é Las Vegas. Ao entardecer as luzes coloridas dos imensos cassinos começam a acender e Las Vegas se transforma. Brega para alguns, deslumbrante para outros, o certo é que este lugar é algo que a gente precisa ver para acreditar que existe. Entretenimento 24 horas por dia.


            Quem vai New York procura por teatros, museus e eventos culturais. Já quem vai a Orlando procura pelos parques temáticos tipo Disney e Universal, não é mesmo? Pois bem, quem vai a Vegas procura pelos Cassinos. Estacionar em Las Vegas é fácil e grátis. Todos os Cassinos têm estacionamentos imensos nos fundos. Esta tática de oferecer estacionamento grátis faz parte da estratégia de atrair visitantes na esperança de que eles deixem lá o seu dinheiro.


Las Vegas, literalmente em português A Campinas é a maior cidade do Estado americano de Nevada, construída em pleno deserto. Possui 545.000 habitantes. É famosa por seus cassinos. Na Las Vegas Boulevard, mais conhecida como Strip, se encontram os cassinos mais imponentes do mundo como o Stratosphere, Treasure Island, The Venetian, Paris, Bellagio, MGM Grand, Monte Carlo, New York, Luxor, Mandalay Bay, Excalibur só para citar alguns. Ficamos hospedados no Hotel-Cassino Bellagio (5 estrelas-3.000 suites)





            À noite saí sozinho para o Strip, o lugar da cidade onde todos querem estar, o lugar para ver e ser visto e o Chico para Cassino, Casino para os americanos. Decidi dar uma volta pela Strip antes de retornar ao Bellagio. As meninas estavam descansando. As ruas lotadas como se fosse uma noite de sábado. E era uma hora da madruga de uma quarta-feira. A quantidade de luzes no letreiro dos cassinos, no topo dos resorts, nos jardins, nas fontes, nos carros, fizeram-me sentir como se estivesse num mundo de conto de fadas. Já vi de perto a iluminação de Veneza, de Paris, de Roma, do Times Square em Nova York, mas nada se compara a Las Vegas. Quer se juntar a nós? A noite é uma festa! - fala-me uma das meninas, duas cubanas (mãe e filha) e uma amiga mexicana com namorado. Todos turistas passando ao meu lado. Disse-lhes que minha esposa estava descansando com uma amiga no quarto. Conversamos em espanhol e elas me responderam: chame-as também. Sabe aquela frase: "O que acontece em Vegas fica em Vegas"? Dá para notar que ela é levada a sério. O apelido Sin City (Cidade do Pecado) não poderia ser mais apropriado. Ainda bem que sou gente bem! Chegando ao Hotel fiquei sabendo que o segredo para quem quer testar sua sorte é estabelecer um limite e respeitá-lo como fez o Chico. Só perdeu 50 dólares. Se eu fosse jogar ia optar pelo caça níqueis (slot machines) normalmente situado no contorno dos salões de jogos. Com dois dólares dá para se fazer a festa. Martha, Fernandina e eu fomos uns dos poucos que não perdemos nada. Não jogamos!!! Outra curiosidade da cidade é a quantidade de capelas matrimoniais. Por alguma razão, não explicada, os americanos associam jogo a casamentos. Serão ambos uma questão de sorte ou azar? Em Vegas é possível iniciar o dia no Egito, Hotel-Cassino Luxor e ver no seu interior uma exposição sobre o faraó Tutankamon, ou em Camelot (cassino Excalibur), almoçar numa ilha dos mares do sul (Mandalay Bay), passear na ponte dos suspiros ou em gôndulas pelos canais de Veneza (Venetian onde é possível dar um passeio de gôndula), depois ir até a torre Eiffel e o Arco do Triunfo e lanchar num bistrot parisiense (Paris-Las Vegas) a exemplo do que fizemos com o amigo Vitório Caldoncelli em Paris na França, dar uma caminhada numa ilha pirata do Caribe (Treusure Island), conhecer uma cidade do oriente (Alladin) e terminar o dia esticando num dos bares e casas de Jazz de Nova York (New York, New York). Tem até o Cassino Rio que pretende exibir, ao estilo americano, algumas de nossas belezas exóticas. Neste andar pela Las Vegas Boulevard nos deliciamos com um pouquinho de cada país ao longo de sua rua principal adquirindo cultura e nos maravilhando com uma beleza indescritível. Esta caminhada equivale a uma volta ao mundo. A avenida mistura em seus hotéis a arquitetura e costumes de vários países: China, França, Egito, Itália e muitos outros. A imaginação dos projetistas parece não ter limites. Pena que não tivemos tempo de fazer todo este passei à noite. A temperatura e a iluminação dos cassinos são sempre a mesma e o tilintar das máquinas também. É surpreendente a estrutura dos arranha-céus, uns, inclusive, com montanhas-russas, outros com gôndolas relembrando os encantos de Veneza. Mistura alegorias de carnaval como vimos na Disneylândia onde comemoramos o níver da Fernandina, com luxo, erotismo, emoções fortes, prazeres diversos e shows apoteóticos. Descobri uma Disney alternativa onde se vê atrações e divertimentos para toda a família. O tempo por lá é um mero tic tac do relógio. É, a cidade não para nunca. Durante a semana a hospedagem em hotéis 4 estrelas pode sair 40U$! O nosso era 5 estrelas e saiu por 80 U$ para o casal. Para quem gosta e pode, comprar é um dos paraísos. Não fica nada a dever para locais como Paris, São Paulo ou Nova York. Taxis só se pega nas filas dos hotéis.

            No dia seguinte saímos de ônibus, para conhecer a cidade. Antes de pegar o ônibus, vimos em frente ao hotel, rapazes, moças e até meninas distribuindo panfletos semelhantes àqueles de Empresto Dinheiro ou dos santinhos distribuídos nas eleições, só que fazendo propaganda de bordéis de todos os tipos e até mesmo centrais de atendimento, que lhes informam por telefone onde está situado o bordel mais próximo. Voltamos a pé nos maravilhando com tudo e observando tudo. Para se atravessar a rua (Strip) teríamos que usar obrigatoriamente escadas rolante em ambos os lados. Sem antes, no entanto, ter que passar dentro e um hotel-cassino, alguma casa de meninas que têm a profissão regulamentada das quais me referi acima. È tudo assim. Sabem como ganhar dinheiro.

            Na verdade, na verdade, o bom mesmo foi a recepção em Miami e o convívio na residência do meu filho Márlon (trabalhador, culto, íntegro, de visão de negócios - sua esposa Anna, poliglota, sempre disponível, bem humorada, seu filho Brandon (3 anos) inteligente, bilíngüe, gosta de ajudar a todos também e nosso amigo comum Magno, culto e prestativo ao extremo.


“A mente que se abre a uma nova idéia, jamais volta ao seu tamanho original.”

(Albert Einstein)

2 comentários:

  1. Querido AF.
    Bravo pelo super texto reportagem, gostei muito.
    Penso que nem preciso ir até Las Vegas. Através da sua crônica, caminhei e vi coisas mil, além de aproveitar das agradáveis cias, meu amigo Chiquinho e Martha!
    Você tem razão de vibrar AF; o seu filho Marlon que conheci pouco mas o senti cheio de entusiasmo, abraçou a vida Americana do Norte (um pais que muito admiro) longe de vcs, teve a inteligência de escolher uma Anna como esposa e deu sorte. Ela, falando um português brasileiro perfeito, raro p/ um anglofone, possuindo qualidades que todos os pais desejam para os filhos? E por cima de tudo, coisa melhor, presentearem vcs de um netinho o Brandon, "bilingue" (existe em brasileiro?) para a felicidade dos avós AF e Fernandina ? Que Deus os abençôe e os mantenha com " A MENTE SEMPRE ABERTA para o mundo e novas idéias".
    Um beijâo pra voces com carinho.
    O amigo,
    Vitorio Caldoncelli (PARIS)

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  2. Querido A. Fábio!
    Quanto tempo! Este BLOG resolve mesmo!
    Adorei a crônica LAS VEGAS. Como sempre, você nos dá uma carona nas suas viagens.
    Uma sugestão: já conheceu o cannion do Rio São Francisco? Dizem que é melhor ver o Grand Cannion primeiro. Você estã na ordem certa!
    Abraço
    Jordana Lima de Moura

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