quinta-feira, 26 de agosto de 2010

- Trevo de Carandaí

                           TREVO DE CARANDAÍ                 Crônica publicada em 15.02.2004 na minha coluna SUBSÍDIO do joranal O Imparcial.




            Se o perigo que rondava este trecho da BR-040, ou seja, esta tremenda cratera que por lá ficou aproximadamente 4 anos sem solução por parte do órgão competente e que somente agora, em novembro de 2003, foi sanado após diversas mortes somadas às 4 de dezembro/93. Será que isto significa que podemos ter esperanças em soluções nos nossos perigosos trevos de Rio Pomba também? Nosso trevo do CEFET, saída para Ubá e a saída para Barbacena onde muitas mortes já aconteceram, continuam perigosíssimos. Lembramos que a necessidade é a mãe de todas as coragens. Fomos pessoalmente e deixamos o Imparcial em todos os órgãos de trânsito em Belo Horizonte. Falamos também do viaduto da vergonha. O viaduto Vila Rica, conhecido como viaduto das almas que mesmo depois de mudar de nome continua matando conforme aconteceu agora em janeiro Na ocasião, fizemos 4 matérias com o título de VELOCIDADE MÁXIMA neste semanário com a única finalidade de tentar combater o que nos afligia na ocasião: os males do trânsito, a indústria da multa, a malandragem para aumentar a arrecadação, a epidemia dos radares, arapucas nas estradas com única conotação de multar, verdadeiras armadilhas inclusive com o vício de impor a educação através da punição. Falamos da filosofia dos caminhoneiros dizendo que deveríamos ser pacientes na estrada para não sermos pacientes no hospital. De tantas coisas falamos na ocasião referente a este assunto tão empolgante, que nosso espaço no jornal estava sempre indo pras cucuias a ponto de nos estendermos a 4 artigos e recebermos diversas correspondências elogiosas do DNER, do Bhtrans e de diversos brasileiros e brasileiras como teria dito o nosso ex-presidente José Sarney. Se aquela era a época do remédio falso, da gasolina falsa, dos guardas falsos e falsos guardas que sempre diziam: “Pssiu”: é segredo... Uns trocados aí para o leite das crianças e a gente resolve sem lhe prejudicar, “mermão”. Hoje a época é a do ÓCIO parlamentar com pouco mais de 50 congressistas dos 594 senadores e deputados daquele que seria o primeiro dia de trabalho extra. Nenhum trabalhador que tenha 90 dias de férias, e expediente de terça a quinta, pode dar conta de sua agenda de trabalho. Será que foi cômica ou trágica esta sessão que durou apenas 4 minutos? Você sabia que eles receberão indo ou não às sessões? Será que não seria o caso de eles devolverem esse dinheiro? E a honra e a idoneidade? Onde ficam? Você não acha que este tempo de recesso (leia-se férias) de juízes, deputados e senadores deveria ser como o dos outros trabalhadores, não menos dignos desse país: 30 dias? Na outra semana, na convocação do congresso faltou quorum e houve sumiço de deputados. Nas votações havia um intenso movimento de parlamentares que registravam sua presença e sumiam do plenário como filhos de viúva rica. Este “bendito” painel da Câmara indicava 446 deputados, mas somente 12 participavam da sessão, pasmem! Reformas? Você não acha que a primeira deveria ser a do Congresso? Heloísas Helena tomem providências. QUEQUIÁ! Quem vai atirar a primeira pedra na falta de vergonha?
            Uma das correspondências das quais falei acima, eu a recebi do meu particular amigo dos tempos de BH, o competente, culto e admirável Raymundo Mendes ao qual agradeço. “Não é o ângulo reto que me atrai nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo, o universo curvo de Einstein”. No cartão com esses dizeres de Oscar Niemeyer, assim se expressou o meu amigo Raymundo: “Totônio e Fernandina, A Bhtrans, órgão encarregado do trânsito e transporte de BH, está precisando de alguém que apresente soluções simples e criativas. Ao ler O Imparcial, o que faço habitualmente, achei alguém. Tudo de bom procês neste ano que se aproxima. Um abraço do Raymundo. Dez.2002”. Raymundo foi um dó você não estar em Cabo Frio no Réveillon pra gente se abraçar melhor e lembrar de nossas aventuras!!! Novamente aquele abraço.

            Essas minhas crônicas são um misto de autobiografia, lembranças... Não sei. Nunca escrevi.Tudo tenho feito descompromissada e espontaneamente. Possivelmente tenha que ficar sem escrever por uns dias porque sofri um acidente em Cabo Frio. São causos que sempre acontecem comigo. Uma hora ainda vou contá-los todos. São engraçados. Esse foi mais ou menos assim: eu já estava com problemas de bursite e tendinite há anos, desde meus tempos de banco. Em outubro e novembro do ano passado, em uma clínica da dor em BH me submeti a diversos tratamentos com fisioterapia, acupuntura, inclusive com injeção no pescoço. Nossa!
            Na praia já estava bem bom até trombar com a porta. Seguinte: lá onde era o cinema desmancharam o prédio e fizeram 3 cinemas e diversas lojas e com uma galeria que sai daquela rua de traz (Rui Barbosa) para a praça. Pois bem, peguei na tal galeria uns retratos e fiquei na porta de uma livraria em frente no conversê com um amigo que passava. De costas pra porta de vidro transparente e limpa e sem qualquer sinal de advertência. Quando me virei para entrar, foi a maior trombada que me levou ao chão, esparramando retratos, óculos, pernas e braços para os lados. Para me levantar eu via duas, 3 pessoas. Estava grogue. Levaram-me pra dentro da tal livraria. Cada menina bonita sô! Perguntaram-me: você quer uma água com açúcar? Ao que respondi: haaá! Vocês queriam era acabar comigo mesmo! Colocaram uma porta fechada fingindo que estava aberta e agora me oferecem água com açúcar eu sendo diabético! Aí, elas me trouxeram um cafezinho e a jovem até colocou na minha boca, pois estava trêmulo. Continuando perguntou-me: o que mais você deseja? Olhando pra ela, de baixo pra cima, sentado na cadeira, vendo aquela boca carnuda e sensual e aquela jovem linda, não me restou outra alternativa. Disse-lhe: necessito de uma respiração boca a boca. No que ela me respondeu: é pra já. Fui noutro mundo e voltei. E agora? O que faço? Pra que fui brincar? Ai ela chamou: Margarida, Margarida. No que apareceu um negão, bigodudo e bichoso (era o segurança). O que o senhor deseja? O que eu podia responder? Desejo que a senhorita me abra a porta que preciso ir embora com urgência. Isto 2 dias antes do Réveillon. Passei aqueles dias com uma tipóia virtual. Ou seja, parecendo que estava com a mão na tipóia para não piorar a situação do braço. Resumindo: agora quinta-feira (29.01), no Hospital Monte Sinai em Juiz de Fora, deverei me submeter a uma cirurgia com o competente Dr.Avelino Caldas Leitão, que já operou o joanete do pé esquerdo da Fernandina esta semana. Tudo no meu ombro direito, que após exame ecográfico constatou ruptura total do tendão supra-espinhal. Nome chique né? Mas a dor é forte. Não sei se poderei escrever por muitos dias. Com a mão esquerda fica muito difícil.

Até a próxima. Queremos uma Rio Pomba desenvolvida, justa e democrática.

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