quinta-feira, 26 de agosto de 2010

- Seria o Brasil do Robinho, ou do Roubinho? 2º Capítulo

Seria o Brasil do Robinho, ou do Roubinho?
2º Capítulo (Crônica com humor não-publicada)




            Enquanto o Robinho tem patrocínio, o Roubinho usa de outra tática para se apossar da coisa alheia, o latrocínio; enquanto o um joga bola e é um craque, o craque do outro é outro; o Brasil do Robinho ganha no campo honestamente o do Roubinho ganha no campo, desmatando, empurrando a miséria para o meio de campo, roubando dinheiro público até de cestas básicas e mandando pra Suíça; enquanto um fica feliz com um gol, o outro não se contenta com nada menos do que um BMW. Enquanto o Robinho entra na igreja porque viu o cartaz: “se você está cansado de pecar, entre!”. O outro escreveu debaixo do cartaz: “se não estiver, ligue!”. Deputado X + Y do mensalão nº 9915.6874.

            Não me preocupo com você que vê esses problemas, me preocupo com você que não os vê. Às vezes fico pensando: quando um cara não tem assunto ele fica com esses disse e disse ainda mais. Uma crônica com falta de assunto é uma tradição nacional. Penso que algum cronista deveria até se valer de um cardápio de assuntos. O meu cardápio vem do dia-a-dia, do quotidiano, da realidade. Se você não está gostando, está com o saco cheio, dessa crônica, paciência! Ainda bem que não sou eu o leitor. Seria uma crônica de segunda porque o autor não tem pedigree. Dos males o menor, ainda bem que sobrou você para me ler.

            Direito? Que direito? Quando encasqueto com uma coisa! Posso até dar com os burros n’água, mas penso que a gente tem o direito de uma vida digna assim como de uma morte digna. Há de se partir do fato de que a morte pertence à vida. O que vemos é que muitos ficam atrelados a aparelhos e a medicamentos que prolongam a vida de modo vegetativo. É lógico que o médico deve fazer tudo para curar o paciente e proporcionar os remédios para aliviar-lhe a dor. Não significa que deva recorrer a tratamentos extraordinários para prolongar a vida ou postergar a morte, sobretudo em situações limite. Importa “deixar morrer”, o que não é a mesma coisa que “fazer morrer”. De qualquer maneira o termo eutanásia é polêmico, nem por isso devo deixar de falar dele. Fica aqui o meu registro como se fosse uma carta de último dia: não me deixem sofrer. AH! Também não deve chegar a esse ponto não, sô!

            Por que falar nisso tudo agora? Justamente porque enquanto nosso ídolo Robinho deve ser admirado, o Roubinho deve ser extirpado, eutanasiado. Se um homem mata o outro e é condenado à morte, mas se matar muitos no campo de batalha é considerado um herói. A mulher que trai o marido é desprezada, mas o homem que tem muitas amantes é admirado. Quando um pobre rouba um pão é chamado de ladrão. Quando um rico ou um político desses ai da CPI rouba dinheiro público, que poderia acabar com a fome do brasileiro, é chamado de esperto. Muitos consideram normal um velho casar-se com uma jovem, mas ridicularizam a velha que se casa com um jovem. Dizem que o homem é a obra prima da natureza, mas tratam seus gatos e cachorros bem melhor do que seus empregados. Não dê atenção a esses seres inferiores e medíocres.

            Todo isso me faz lembrar dessas senhoras que vivem a fazer massagem dizendo que o massagista não é chegado, é gay, mas e se ele tiver uma recaída? É melhor não ariscar! E por falar em recaída... Oh la la la, c”est magnifique!!!! Parece que o Parreira teve uma dessas recaídas, escalando um time ofensivo. Escalando não uma promessa, mas uma realidade, o Robinho. Acho que ele pode ter pensado: à beira de um precipício só há uma maneiro de andar para a frente. É dar um passo atrás. Errar é humano, persistir no erro é americano, acertar no alvo é muçulmano. Qualquer idiota é capaz de pintar um quadro, mas somente um gênio é capaz de vendê-lo.Por isso vamos curtir nossos gênios e rezar por nossos heróis Um homem tão previsível está a nos proporcionar momentos sublimes, inesquecíveis com emoção a ser guardada para sempre. Na retina e nos tímpanos com aquele vozeirão do Galvão Bueno: pedala Robinho, pra cima deles Robinho Ainda bem que não é o Rubinho e nem o Roubinho.

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